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Sobre o dia de hoje

por Catarina, em 10.10.16

Nunca andei de Uber, nem de Cabify, mas já andei de táxi, e histórias para contar não me faltam!

 

Infelizmente foram poucas as vezes que a experiência foi boa. Acusem-me de anti-social mas fazer conversa de circunstância não é o meu forte, nem ouvir a rádio Amália, nem ouvir relatos de futebol em altos berros. Também não sou fã de passar sinais vermelhos, de andar em excesso de velocidade ou de andar a apitar, a insultar este e aquele (e até posso fazer isto tudo mas na privacidade e no controlo do meu carro, o que não é o mesmo quando apanho um táxi que me está a prestar um serviço). E aprecio que quando têm AC o usem e não me façam percorrer todo o IC-19 com trinta e tal graus de janela aberta....

 

Não preciso de um motorista engravatado que me deixe escolher o som ambiente, ajustar a temperatura do carro ou que me sirva sushi. Preciso sim, quando escolho usar o serviço, de um motorista competente, que cumpra as regras do código da estrada, que não exagere na conversa da treta e que não faça do táxi a sua casa impondo-me a rádio Amália ou o relato do jogo. Porque quando venho trabalhar não preciso de vir de fato mas venho apresentável, não oiço música aos altos berros mas na privacidade dos phones, não falo com os meus colegas de trabalho como com os meus amigos de infância, e não me passa pela cabeça entreter um cliente numa reunião falando sobre o sol que faz ou a chuva que está para vir. Eu, como acho que todas as pessoas neste mundo, adopto um comportamento profissional no meu local de trabalho, e isso devia ser o padrão dos taxistas. Se o serviço que têm não fosse tão questionável não tinha aberto um espaço tão grande no mercado para tanta oferta. Neste caso, se o táxi é o seu local de trabalho, acho que um pouco de bom senso por vezes seria suficiente para ir de encontro ao que os clientes procuram. Agora, se o serviço que já não é barato ainda se torna na maioria das vezes um rali onde não sabemos a que momento vamos acabar estampados num poste, ou quantas voltas a Lisboa vamos dar para chegar do Saldanha ao Marquês, então é natural que se procurem alternativas.

 

Quanto às alternativas, também acho que devem pagar os devidos impostos e prestar um serviço, para além de agradável, correcto. Só assim é uma concorrência honesta.

Mas que eu veja, andam todos a tentar ganhar a vida, apenas uns com mais calma e compostura que outros, e espero, mas espero mesmo, que as cenas degradantes que se vêm hoje nos telejornais não sejam reflexo da classe, e apenas uma parte desta. É que se forem todos assim não me deixam grande vontade de voltar a apanhar um táxi nos próximos três séculos.

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