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Nós por aí #6 - Florença (IV)

por Catarina, em 28.08.17

Dia #5

 

No dia do regresso sabíamos à partida que não se iria aproveitar muito...ou em realidade nada mesmo.

Depois da viagem de camionete de Bolonha, com um calor dos ananases, os bancos quentes e a estrada por túneis escolhemos o comboio para o regresso.Tínhamos  tempo de sobra mas a estação não tinha espaço físico para estarmos três horas à espera do comboio mais lento pelo que optámos pelo rápido que nos deixou em Bologna Centrale em menos de 40 minutos!

Ao chegarmos fomos percorrendo corredores uns atrás dos outros ate chegar à superfície; a ideia seria dar uma volta por ali e apanhar o aerobus para ainda ver alguma coisa de Bolonha. Enquanto estávamos numa fila para levantar dinheiro comecei a aperceber-me da fauna de gatunagem que envolvia a estação claramente em bando organizado. Sentimos que já estávamos na mira pelo que abortámos os planos todos. Com os "radares" todos ligados fomos direitas aos táxis e desistimos do aerobus.

Com isto tudo chegámos ao aeroporto só cinco horas antes do voo sem sequer poder fazer check in antecipado porque o aeroporto em Bolonha é muito pequeno, não há balcão da Tap,e ainda por cima a nossa bagagem mesmo sendo de cabine teria de ir para o porão porque com as compras todas trazíamos mais bagagem de mão do que seria permitido embarcar.

 

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O aeroporto é muito pequeno, divide-se em dois pisos e tem poucas lojas e poucos restaurantes. Os bancos da zona exterior são horríveis, nada confortáveis e entre aquilo e o chão ainda estive para considerar a segunda hipótese. A vantagem era que estávamos num ambiente fresco e com muito menos probabilidade de assaltos! Ainda consegui comprar a revista Domus, que seguia online há anos e que cá custa o dobro do preço, com edição especial ainda por cima; só por isso valeu-me a mega seca de espera.
Assim que abriu o balcão de check-in fizemos logo fila e fomos das primeiras; a hospedeira foi super simpática e ofereceu-nos os lugares da asa, que têm mais espaço para as pernas e tornam a viagem mais confortável.
Voltámos ao piso de cima para o controlo de segurança, desta vez mais rápido porque não tínhamos líquidos nem muita tralha. A zona de embarque ao contrário do que esperava era tão mínima quanto o resto do aeroporto e uma sala de espera média dava para tudo. Vagueámos na free-shop para os abastecimentos do costume de perfumes e cosmética em promoção!
 
Pelo menos o embarque não atrasou e correu quase tudo sobre rodas até ao momento em que o autocarro chega à pista e pára em frente ao avião de portas fechadas... se calhar esqueci-me de referir que estavam uns 40º à sombra e os autocarros do aeroporto circulam só de janelas abertas sem ar-condicionado. Acabou por ser um embarque super atabalhoado, sem ordem nenhuma de entrada na frente ou à retaguarda e para variar saímos atrasados.... A viagem foi mais calma do que na ida e deu-me para ler e dormir. Claro que ainda apanhámos uma pequena seca na espera pelas bagagens mas muito muito contentes por estar quase em casa!
 
 
Rescaldo Final
 
Quando pensava no que escrever aqui, ainda durante a viagem, sabia que teria de parar para fazer um balanço mais geral.
 
 
Se gostei? Claro, adorei! Tanto Milão no inicio do ano, como agora Florença e Siena.
 
Correspondeu às expectativas? Em parte; Esperava que Florença fosse uma cidade mais limpa e arrumada ao invés do cheiro a esgoto recorrente. Está claramente à beira da ruptura no que toca ao turismo e acho que a cidade não aguenta; Muitas vezes nas ruas tinha pena dos moradores (que chegavam a ter turistas sentados a descansar no degrau das suas portas) e pensava como Lisboa também caminha para este caos. Acabei por gostar muito mais de Siena que achei mais autêntica e melhor preservada.
 
E os italianos?
Se estava à espera de ver homens bonitos? Estava... Se vi? Nem por isso... Mas não era disso que ia falar!
No geral achei os italianos mais acessíveis e simpáticos do que a minha experiência com os espanhóis; Tentam comunicar connosco a todo o custo e ajudam o mais possível. Falam um inglês razoável mas tentam falar com os poucos portugueses que lá vêm em castelhano!
Defeitos? São extremamente desorganizados, qualquer atracção com mais gente gera filas intermináveis e logísticas de tremer de medo. Também não são excepcionais a cumprir horários e sentia que tudo era sempre uma grande bagunça. Até mesmo no aeroporto onde esperamos normas internacionais era cada um por si e todos ao molho, com ou sem fé em Deus!
 
E a comida?
Aqui a porca torceu o rabo! Já em Milão tinha ficado desiludida com o Gnochi e até mesmo com as pizzas; Aqui não melhorou muito. Comi um Risotto fantástico com espargos e um queijo amanteigado que nunca tinha ouvido falar, num restaurante tipo Cantina tradicional; Em Siena comi os Raviolli muito bons, cujo recheio já não recordo mas que tinham cogumelos. Tirando isto a pastelaria fina que provei era boa mas não me aventurei em mais nada de especial e não vi nada que me encantasse muito. Os gelados eram muito bons mas francamente cá temos igual, ainda que lá os tenha achado relativamente baratos porque são mesmo muito bem servidos e podemos escolher dois sabores com o tamanho de "1 bola" só.
 
 
Preços?
Os monumentos e principais atracções são caros, e em Florença não encontrei horários nem dias com preço reduzido ou gratuito como em Milão. Gasta-se muito para ver qualquer coisa.
 
Os restaurantes enganam um pouco porque as doses são relativamente acessíveis mas depois nas zonas mais turísticas como Florença, Siena e o Lago Como em Milão cobram uma taxa chamada "Copperto" que é uma espécie de gorjeta obrigatória e serve de compensação ao restaurante pelo tempo em que ocupamos a mesa e pela pessoa que nos serve. Acho um roubo mas enfim; Os valores mais baixos são de 2€ por pessoa mas vi preços até ao 5€ por isso ao ver as ementas temos de nos lembrar de somar este valor!
 
O alojamento tem taxas turísticas municipais altíssimas e é preciso contabilizar o valor de acordo com o nº de estrelas do alojamento e paga-se por pessoa por noite. Nunca está incluído nos preços dos hotéis quando se fazem as reservas portanto é mais um a somar.
 
Os transportes só experimentei a camionete que achei cara, 20€ por pessoa para a viagem só de ida e as condições que oferecia. O comboio para Siena achei bastante acessível, cerca de 18€ por pessoa ida e volta, assim como o táxi. O comboio para Bolonha foi caro, 40€ por pessoa para uma só viagem, mas era um comboio moderníssimo e rapidíssimo! Os animais podem circular pela trela nas carruagens da última classe, como a nossa no comboio para Bolonha, e isso confesso que me faz alguma impressão mas pelo menos não ia nenhum perto de nós ou acho que dependendo do bicho teria saltado do comboio. Já em Milão reparei que os italianos têm outra cultura com os animais e é comum ver alguns em lojas com os donos. 
 
 
Vale a pena ir às compras?
Vale sim e tirem tempo para isso quando fizerem o roteiro!
 
Florença é conhecida pelo negócio das peles e cortumes e também pelo papel marmoreado artesanal. Comprei um pouco de tudo e trouxe muita coisa para oferecer. As peças em couro como carteiras, estojos etc. são lindas e muito mais baratas em Florença do que encontrei em Milão por exemplo. Convém escolher lojas menos centrais para encontrar preços mais baixos que foi o nosso caso já que tínhamos uma loja mesmo em frente ao hotel e comparámos com os preços das outras na zona do Duomo que ficava apenas a cinco minutos e eram bem mais caras. 
 
Um bom local para comprar é o Mercatto Centrale, uma zona de barraquinhas ao ar livre onde se vende tudo isto e mais um par de botas mas é preciso ir com paciência e regatear alguns preços. Quando nos perguntam a nacionalidade ou de onde viemos não é apenas para serem simpáticos ou para falarem a nossa língua, mas sim para saberem que preço nos vão dar isto porque o mesmo artigo para americanos por exemplo pode custar 80€ enquanto a espanhóis e portugueses vendem por 40€ (dependendo da vossa capacidade para regatear depois disso claro!).
 
Os artigos em papel marmoreado vão desde os cadernos, álbuns, calendários, marcadores, cartões, lápis e canetas e são lindíssimos mas um pouco caros se bem que acho que vale sempre a pena trazer nem que seja algo mais pequeno. São completamente artesanais e alguns são peças únicas pois o papel é feito em quantidades limitadas por padrão.
 
Por fim as lojas de roupas e acessórios: evitámos as mais conhecidas e o grupo inditex, e fomos às que não conhecíamos. Tivemos sorte por ser época de saldos e fizemos tantas compras quanto as malar permitiam guardar!!
 
Há quem traga também produtos gastronómicos regionais como o Chianti, o Lemoncello ou as massas nas mais variadas cores e formas mas essa parte não me diz muito portanto passei ao lado! No fundo achei que não valia muito a pena porque os preços não eram muito baratos embora houvesse sim uma grande diversidade de marcas.
 
Itália é segura?
Não posso falar pela Itália toda mas em comparação achei Milão muito mais vigiada do que Florença. Quando lá fui via muitos militares armados em zonas de maior concentração de pessoas como as estações, e eram eles que faziam o controlo de segurança no acesso ao Duomo. Em Florença vi pouca polícia quase nenhum militar armado e em Siena não vi mesmo ninguém. Em Bologna Centrale não só não vi ninguém como identifiquei logo um gang bem posicionado e achei que estivemos na iminência de viver ou testemunhar uma tentativa de roubo. Mas como isso foi no último dia e logo no primeiro, à chegada a Florença, na nossa primeira volta, agarrei uma moça com a mão e o braço todo dentro da mochila da minha mãe, já ia preparada para tudo!!! Achei que eram zonas muito turísticas e pouco vigiadas por isso todo o cuidado é pouco ou não estivéssemos na terra da Máfia!
 
 
 
 
 
 

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Nós por aí #6 - Florença (III)

por Catarina, em 25.08.17

Dia #4

 

Desde que começámos a planear a viagem que tínhamos em mente visitar os arredores e conhecer a região Toscana. O plano inicial passava por alugar um carro em Florença e ir até San Gimignano e Siena. Todos os dias ao final do dia eu planeava o dia seguinte, e portanto quando chegou à véspera eu já tinha traçado o novo plano.

Quando fiz contas à ideia de alugar o carro fiz o trabalho de casa todo; calculei o preço do carro, as portagens, o combustível, o aluguer de GPS e possivelmente o aluguer do equivalente à via-verde lá; Acrescentei uma cobertura de seguro, e ainda pesquisei as rotas a seguir mas os cálculos já iam longos. Quando pensamos em alugar um carro temos tendência a ver apenas o valor do carro e a esquecer o resto, mas o resto é o que fica bem mais pesado e depois acrescentei a isso o medo que tinha de me perder no caminho e perder tempo precioso, o receio de conduzir nas estradas italianas (eles são simplesmente loucos ao volante e eu nem sou medrosa de condução, pelo contrário) e ainda o facto de ser muito pouco provável que pudesse chegar de carro aos centros dessas cidades e o valor de estacionamento que isso iria acrescentar. Pesquisa vai, pesquisa vem e fomos de comboio até Siena! Tivémos de desistir de San Gimignano mas não trocava Siena por nada!

Saímos cedo em direcção à estação que ficava a uns 5 min do hotel, comprámos os bilhetes e entrámos logo no comboio, bastante confortável para enfrentar 1h e pouco de viagem. A viagem em si é agradável e vamos vendo uns campos de girassóis pelo caminho e uma paisagem simpática após a saída da cidade.

Ao chegar a Siena apanhámos um táxi para o centro; os táxis não podem chegar mesmo à zona que queríamos mas têm locais de paragem e recolha nos limites dessa zona, e o taxista explicou logo isso no início. A deslocação foram cerca de 8€ e uns 10 minutos de viagem, dividido por três foi irrisório e muito mais confortável! 

Siena é uma cidade lindíssima, muito medieval, e muito mais autêntica do que Florença que está muito turística e a rebentar pelas costuras! O inconveniente é que é muito menos plana e andamos constantemente a subir e descer ruas. Chegámos por volta do meio-dia e escolhemos ir logo almoçar para aproveitar bem a tarde. Descobrimos um restaurante muito simpático, Il Bargello, onde comi uns raviolli maravilhosos!

 

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Depois fomos até ao Duomo, onde a fila para os bilhetes era relativamente pequena, sendo que não havia fila para entrar! Foi um alívio porque tinha receio de não conseguir ver nada e ser um esforço em vão. Mas sabia que valeria a pena pelo que tinha lido no meu guia, e o Duomo não desiludiu, bem pelo contrário, foi provavelmente das coisas mais bonitas e magníficas que já vimos! Impressionou até à espinha com os vitrais, os frescos, as capelas, e os painéis no chão em mosaico que estão cobertos a maior parte do ano para evitar que se degradem, e são expostos apenas nesta época de Verão. 

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Ao sair percorremos várias ruas de comércio local e tradicional e não resisti a mais não sei quantas compras!

Descemos uma rampa vertiginosa até à Piazza del Campo, onde vemos o Palazzo Comunale e a Torre dei Mangia. Apesar do calor insuportável a piazza estava cheia de gente nas esplanadas ou a fazer selfies no meio da praça! Nesta altura o calor começava a ameaçar quebrar-nos e voltámos às ruas de sombra que percorremos por mais algum tempo até decidirmos que já ninguém se aguentava nos pés. Apanhámos um táxi na paragem e voltámos à estação e ao comboio até Florença.

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Umas horas depois de descanso e banhos intermináveis voltámos a sair para o último jantar! Escolhemos um restaurante da nossa rua com bom aspecto que estava sempre cheio e fizémos a última asneira da viagem! Por toda a cidade os restaurantes divulgavam um prato de "Bisteca" que era uma mega costeleta para duas pessoas. Eu e a minha mãe arriscámos e arrependemo-nos....é que não nos passou pela cabeça que aquilo viesse quase em sangue, sem tempero algum, nem sequer sal, e com batatas que deviam estar cozinhadas desde a hora de almoço! Ou foi muito azar, ou o restaurante não era assim tão bom! A salada de legumes grelhados que pedimos à parte foi o melhor do jantar; Regressámos ao hotel e estivémos algum tempo no bar, que estava aberto só para nós, e portanto foi gargalhada de meia noite. Quando íamos subir para o quarto a luz foi abaixo na cidade, estivémos uns 3 minutos completamente às escuras e depois voltou.... o cansaço congelou-nos o cérebro e arriscámos ir de elevador mesmo assim; podia ter corrido bem mal mas depois de dois solavancos inesperados o elevador lá parou no andar certo... Ao chegar à porta lembrei-me que a chave tinha ficado na recepção e portanto desci cinco andares a pé e voltei com a chave pelo mesmo caminho depois de o recepcionista da noite ter exclamado um "Mamma Mia" pelo susto que lhe preguei ao aparecer pelas escadas atrás da recepção!!!

 

continua...

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Nós por aí #6 - Florença (II)

por Catarina, em 24.08.17

Dia #3

 

Um mês antes da partida, e com medo de evitar grandes filas de espera, tinha comprado os bilhetes para a Galeria Uffizi, uma das maiores atracções da cidade. Esta galeria figurava nos meus planos há muito tempo, desde as aulas de História de Arte, uma vez que alberga a grande maioria dos quadros renascentistas, medievais e maneiristas que estudei. Para ajudar à festa no dia da nossa visita era inaugurada uma exposição com obras de Leonardo da Vinci incluindo o quadro Adoração dos Magos finalmente restaurado.

A galeria está instalada num palácio construído a pedido de Cosimo I de Médici (uma das principais famílias Florentinas e patronos artísticos) para albergar os gabinetes de ofícios (uffizi em italiano antigo segundo li).

A nossa visita estava marcada para o meio dia e meia, porque na minha ignorância achei que a maioria das pessoas tentaria os horários mais cedo. Saiu-me só tudo ao contrário. Fomos até lá de manhã cedo para conhecer as ruas envolventes; é uma zona muito simpática da cidade que me lembra o Bairro Gótico de Barcelona.

 

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Apesar de os bilhetes estarem comprados e terem sido bem caros, ainda tinha de ir para a fila trocar o voucher pelos bilhetes em si; rapidamente percebi que seria uma longa jornada até entrar na galeria e fui-me munindo de coragem e força nas pernas. Depois da fila para levantar os bilhetes ainda veio a fila para entrar na porta da galeria (quem não tem os bilhetes pré-comprados enfrenta filas de muitas horas sujeitas ao "stock" disponível), depois uma fila de controlo de segurança, depois um torniquete para o bilhete, mais uma infinita escadaria e um novo controlo ao bilhete. Trocado por miúdos quando chegamos finalmente lá acima já passou mais de uma hora e estamos estafadas capazes de nos atirar ao chão em qualquer canto. A galeria em si, pelas obras que tem, e pelo edifício que é vale muito a pena a visita, claro, mas a empreitada para lá chegar, a falta de organização gigante por parte dos trabalhadores da galeria, e os constantes chicos-espertos a furar filas tiram uma pessoa do sério e quase me arrependi de ter lá ido! A quem quiser ir deixo o conselho: esta é uma atracção que não conhece época baixa portanto escolham logo o primeiro horário da manhã ao reservar o bilhete, levem um farnel e água, calçado confortável, e não façam grandes planos para o resto do dia!

 

No nosso caso, com a partida que os bilhetes do Duomo nos pregaram na véspera o dia ainda não tinha acabado. Comemos rapidamente e voltámos ao hotel para descansar umas horas ao fresco. À hora marcada fomos para o Duomo, para a porta que nos tinham indicado e descobrimos que havia mais uma fila! Sem grandes surpresas lá me pus a jeito, ao sol, a marcar o lugar, até que uns minutos após a hora marcada um senhor pouco simpático veio verificar os bilhetes e deixar entrar pequenos grupos à vez. Estranhei a falta das filas gigantes na porta principal, mas ainda não me tinha caído a ficha até entrar! Então é assim: na véspera, para poupar tempo tínhamos comprado os bilhetes na máquina automática, mas esta só vende o pack completo: Duomo, campanário, batistério, e a subida ao campanário tem de ser reservada com hora marcada. Fizémos tudo na máquina e depois confirmámos com uma senhora no guichet, mas não ficou bem claro que a igreja não estaria disponível para visitar àquela hora que aparecia nos bilhetes. Para ver a igreja e o batistério teríamos de ir para a fila e esperar a vez, a uma qualquer hora do dia, e apenas para o campanário tínhamos hora marcada, que nem sequer foi cumprida! Acabámos por ver a igreja no momento em que entrámos para o campanário, apenas por uma porta lateral, e depois saímos sem subir porque a minha mãe levou de Lisboa um pequeno problema no joelho e subir milhentos degraus não estava no programa. Contentámo-nos com o batistério, um edifício redondo, lindíssimo, todo decorado em talha dourada, e que compensou a desilusão que tivémos do interior do Duomo que é bastante despido em comparação com outras igrejas italianas.

 

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Como sempre nestas viagens há os dias "sim" e os dias "não" e este foi aquele em que tudo nos saía torto! Depois da curta visita sentámo-nos numa pastelaria fabulosa do outro lado da praça para lanchar e refrescar. Não me lembro do nome dos doces que comemos, tirando a prima D. que comeu um canollo, e bebemos todas um chá gelado maravilhoso. Claro que numa pastelaria com aquele aspecto e aquele serviço de criados fardados devíamos ter adivinhado a conta! Se se consome ao balcão o valor é um, o que vemos escrito, se for numa mesa, o valor é outro e não está escrito em lado algum....assim pagámos só 10€ pelo lanche, cada uma, mas uma vez não são vezes e voltava lá na maior! Para acabar o dia fomos até às ruas de lojas e fizémos mais compras do que contávamos (o que a partir desse momento significou que a bagagem iria para o porão no regresso).

Terminámos a jantar um wrap e um smoothie num bar vegan com esplanada na Piazza Santa Maria Novella, já bem perto do hotel.

 

continua... 

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Nós por aí #6 - Florença (I)

por Catarina, em 11.08.17

Dia #1

No dia da partida dormimos pouco e saltámos da cama bem cedo para chegar ao aeroporto antes das 2 horas recomendadas uma vez que se andavam a ouvir notícias de grandes atrasos no controlo de segurança.

Como fomos cedo não havia atraso nenhum e tivemos tempo de sobra para tomar o pequeno almoço e comprar revistas. 
 
O voo em direcção a Bolonha teve a desvantagem de estar supostamente a funcionar com menos tripulação que o necessário pelo que não serviram refeições a bordo e levamos apenas uma embalagem com um snack. Da revista só consegui ler dois ou três artigos porque adormeci em menos de nada! 
O voo que saiu atrasado acabou por chegar na hora marcada e na saída ainda almoçámos antes de apanhar o autocarro que nos iria levar a Florença.
 
Pausa para dizer que o calor nesta terra faz o Alentejo parecer fresco! Sabíamos que estaria quente mas não vínhamos a contar em apanhar quase 40 graus todos os dias. Isto criou logo limitações aos nossos planos turísticos. 
Se andar muito num só dia já custa imaginem com estas temperaturas... a sensação térmica é que estamos numa casa de banho fechados após um banho de imersão de longas horas! Apesar da pouca humidade no ar temos a sensação de estar peganhentas a todo o momento e andamos constantemente a levar choques térmicos porque os locais fechados estão a uns 20 graus no máximo!
 
A primeira impressão de Florença era que tínhamos chegado ao tarrafal, a segunda era que a canalização da cidade deveria estar prestes a explodir tal era o cheiro a esgoto que envolvia o ar junto à estação ferroviária de Santa Maria Novella. O nosso hotel ficava a meio caminho entre a estação e o centro e depressa descobrimos que estava bastante bem situado e tínhamos comércio em quase todas as portas e restaurantes também não  faltavam.
 
Chegámos por volta das 16h, bem no pico do calor e aproveitámos para refrescar e descansar umas horas. Ainda assim a excitação não permitia grandes paragens e fomos dar uma volta até  à  Piazza Santa Maria Novella e à zona de lojas mais central. Na piazza havia música ao vivo todas as noites e foi onde comi os melhores gelados desta viagem!
 

 

 

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 Dia #2
 
O primeiro dia estava reservado para conhecer o centro e começámos com a visita à  Basílica de Santa Maria Novella onde estavam a decorrer obras de restauro e onde podemos ver frescos do período gótico e do início do Renascimento de Ghirlandaio e do seu aprendiz Michelangelo, de Filippino Lippi e ainda o crucifizo de Brunelleschi. Esta era uma das igrejas que tinha estudado em história de arte e sobre as quais tinha mais curiosidade.
 

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Ainda de manhã  fomos até ao Duomo mas para não variar as filas eram intermináveis e optámos por comprar o bilhete para o dia seguinte e evitar a espera. Para aproveitar o que restava da manhã seguimos pelas ruas do centro até ao Mercato Centrale onde para além do comércio alimentar no seu interior existe um mercado ambulante no exterior onde há muita bugiganga, écharpes e artigos de pele para comprar, e regatear para quem tiver paciência.
Almoçámos ali por perto provavelmente a melhor salada César que já comi na vida no Coffee&Kitchen.
 

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Na hora do calor recolhemos ao hotel e só saímos perto das 18h para visitar uma das exposições mais giras que já vi na vida...e eu já vi muitas! Já quando fui a Milão achei que os italianos eram exímios nesta parte e desta vez só confirmei a primeira impressão.

Como sempre me apaixonou o mundo da moda, e como esta era uma viagem "de gajas", descobri que existia junto ao rio um palacete onde se instalara a fundação Salvatore Ferragamo, e que continha uma exposição sobre o regresso do criador a Florença, em plenos anos 20. A exposição retratava através de quadros, mobiliário, têxteis e outras peças a cultura que se vivia à época e estava organizada e "maquetada" como se estivéssemos sempre a bordo de um navio, no qual o criador fez a viagem de regresso. Não é das principais atracções da cidade mas foi para mim das melhores, e recomendo a quem tenha interesse pelo tema, já que é um dos poucos locais na cidade onde se circula sem que o nariz tropece num selfie stick!

 

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Para fechar o dia com chave de ouro seguimos até ao rio e fomos conhecer a famosa Ponte Vechio onde hoje estão instaladas as ourivesarias da cidade, e que conserva as estruturas originais e um ar de medieval!

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Nós por aí #3 - Milão

por Catarina, em 08.06.17

Dia#3

 

Tínhamos resolvido na véspera que faríamos o esforço de ver tudo o que queríamos no centro em apenas um dia para aproveitar um dia inteiro no Lago Como; apesar de ter sido estafante não restou um minuto para arrependimento!

 
Saímos de manhã cedo rumo ao metro para ir até à estação de Cadorna de onde saíam os comboios; Conseguir este pedaço de informação foi uma aventura já que corremos todos os sites e blogues de viagens e as informações eram sempre muito ambíguas. Ora era o tempo de viagem que diferia ora era a estação de origem, ora o tipo de comboio! Fomos quase um bocado a medo e comprámos o primeiro bilhete disponível; Se tivéssemos mais tempo teríamos tentado perguntar junto do turismo local as melhores opções, mas como decidimos ir ao Lago já em Itália foi o melhor que conseguimos arranjar. Levámos uma hora de comboio até à estação final Como Nord Lago que tínhamos lido seria já quase em cima do Lago. Bem, eu não diria tanto porque saí do comboio numa de “onde está a água?” e não via nada a não ser aglomerados de gente. A viagem de comboio em si tem muito pouco interesse, a paisagem são praticamente arredores e zonas mais industriais e fabris…dispensava-se!
 
Quando finalmente deixámos a estação percebemos que de facto já se via o lago, e enquanto nos aproximávamos do que parecia ser uma praça central íamos ficando embevecidos com os edifícios e os recantos onde a água começava e os prédios acabavam. Rapidamente percebemos que o Lago Como era muito maior do que tínhamos imaginado, e que num dia iríamos apenas dar uma vista de olhos. Fomos atrás das massas de gente até ao barco que iria sair para Bellagio, uma das várias povoações em volta do lago. Embarcámos às pressas, sem tempo para pensar muito nem perguntar nada; os bilhetes vendiam-se depois a bordo numa interminável barafunda. A maior vantagem desta viagem de uma hora de barco é que se vêm todas as povoações, vilas e lugarejos, até a Ilha no meio do Lago, e ainda poder refrescar se for um dia muito quente como no nosso caso. Quando pusemos o pé em terra em Bellagio fomos recebidos por um bafo quente e nenhuma aragem. Este bilhete ida e volta são cerca de 20€ por pessoa e o barco é dos maiores que vi naquele percurso, Orione. Bellagio era de facto um cenário lindo, fez-me lembrar Sintra com as ruas estreitas e íngremes. Quero ver se me esqueço que comemos aí a pior pizza de toda a viagem e pagámos uma taxa de serviço; viemos a descobrir que na maioria das terras em volta do Lago se cobra essa taxa que pode ir dos 2,5€ aos 5€ por pessoa e é apenas para que o empregado sirva à mesa. Achei um bocadinho de mais, mas enfim, seguimos com o passeio pelas ruas, lojinhas e arcadas. Tenho a perfeita noção que um dia que lá volte faço tudo de outra forma; pelo menos ali os italianos não devem nada à organização, o horário dos barcos que nos deram era praticamente ilegível de tão complexo, e em cima disso tudo cumprir os ditos cujos também não é com eles. Acabámos por encarar a fila de regresso mais cedo com medo de atrasos e foi o melhor porque chegou com meia hora de atraso e a volta de regresso levou duas horas em vez de uma. Gostaria de voltar e explorar melhor Como, subir no funicular, ver as vistas lá de cima, visitar a Isola Comacina e a Villa Carlotta, uma das poucas vilas privadas que aceita visitas. Quem puder recomendo o que pretendo fazer uma próxima vez: pernoitar no Lago, nem que seja por uma noite para ficar com mais tempo!
Voltámos a Milão estafados, jantámos tarde e fomos fazer as malas porque nos esperava uma aventura de madrugada para chegar até ao aeroporto! 
 

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Nós por aí #3 - Milão

por Catarina, em 03.06.17

Dia #2

 
Quando se viaja com um maluquinho por carros para Itália sabe-se à partida que há coisas inevitáveis, em Milão era o Museo Storico Alfa Romeo. Na verdade fui eu que propus  a visita e ele como é óbvio gostou da ideia; Queria que ele tivesse uma experiência tipo “Disneyland” como eu já tive tantas vezes quando me encontro no meio de algo que adoro e que nunca tinha visto ao vivo.
 
Saímos cedo e fomos directos ao metro para alcançar a estação mais perto possível. Como já ficava nos arredores a estação em si era enorme, e depois de termos percorrido quase um km para sair de lá ao chegar ao autocarro que teríamos de apanhar descobrimos que os bilhetes não se vendiam a bordo, mas sim na estação; Apanhámos um táxi! Foi provavelmente a nossa maior extravagância apanhar o táxi para ir e voltar à estação mas preferimos pensar que era um investimento no nosso (pouco) tempo disponível! 
Não sendo o meu maior interesse, tenho a dizer que gostei bastante; Em primeiro lugar percebi que os italianos são excelentes a montar exposições! Como designer consigo apreciar um trabalho bem feito, e é raro ver uma exposição tão bem desenhada, e eu vejo mesmo muitas! Ainda me apercebi mais disto por não ser um tema que me entusiasmasse particularmente. Ainda assim achei muita piada em ver os modelos históricos, principalmente os da década de 50 e 60! Os de corrida não me dizem muito, mas os protótipos mais estranhos são muito engraçados, e as salas com vídeos dos carros em filmes também são giros. Há ainda um filme em 4D em que nos sentamos num simulador e “fazemos uma corrida” com direito a levar borrifos de água ao passar nas poças de água! No fim o M. trouxe uns souvenir da loja e rumámos à estação a caminho do Duomo.
 
Quando chegamos ao centro saímos do metro na lateral da catedral e somos bafejados por uma onda de calor, de movimento e de barulho! Se há coisa que não ia preparada para apanhar eram 30º de temperatura e fazer turismo naquela brasa não é nada fácil. Almoçamos numa esplanada à sombra mas ainda assim abafada, e depois demos uma volta pelas ruas e pela Galeria Vittorio Emanuele. Claro que compras nem pensar porque só lá existem as marcas mais caras, mas o edifício é lindíssimo, espectacular, do chão, aos tectos, às montras, sei lá! Claro que estava cheio de gente e torna-se difícil sequer tirar fotografias com tanto atropelo de selfie stick. Ainda entrámos na loja da Ferrari, mais para o M. fingir que estava na Disney do que outra coisa! Seguimos para ir ao Duomo e descobrimos uma fila de gente à torreira do sol para comprar os bilhetes; ponderámos e desistimos, mas estava demasiado calor para caminhar até ao Navigli que era o plano seguinte. Resolvemos ir descobrir o Museo del Duomo, na esperança de conhecer a catedral mesmo sem lá entrar. Tivemos a agradável surpresa de encontrar uma fila muito pequena e descobrir que podíamos comprar os bilhetes para o Duomo e o Museu! Aproveitámos bem uma hora no museu com ar condicionado e uma exposição muito boa, antes de encarar a fila para o Duomo. Se há coisa que se nota em Milão por estes dias é um reforço de segurança com militares armados até aos dentes ou a circularem de jipe nos principais pontos da cidade. No caso do Duomo são eles que fazem o controlo de acessos com direito a detector de metais e revista de malas. O interior da catedral é de facto imponente, os vitrais lindos, mas sinceramente acho muito difícil alguma bater a impressão que tive com a Catedral do Mar em Barcelona.
 
Quando deixamos o Duomo fomos a pé até à Porta Ticinese e até ao bairro dos canais: Navigli. Aqui mais uma vez o calor esteve contra nós; Apesar de já serem cinco da tarde o sol era abrasador e os nossos pés coziam nos ténis! Os canais são lindos e têm uma energia imensa em volta, mas estávamos tão estafados que não aproveitámos como devíamos. Voltamos ao hotel para descansar antes de ir jantar num restaurante muito giro, mais típico, com toalhas aos quadradinhos. Comemos bem, mas o mais engraçado foi a companhia inesperada que tivemos. O restaurante era super acanhado e estava cheio o que fazia as mesas individuais ficarem umas em cima das outras; Vai na volta e o casal do lago pergunta, em inglês, de onde somos; Acabámos por passar grande parte do tempo à conversa com o Gary e a Sarah que eram de Dallas, Texas e em Setembro vêm a Lisboa pela primeira vez. Trocámos impressões, dicas e conselhos sobre Portugal e Estados Unidos e desenferrujámos o Inglês!
 
Fechámos a noite com um passeio pelas ruas envolventes e ainda estava um calor daqueles!
 
 
Museo Storico Alfa Romeo, Arese

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Galeria Vittorio Emanuele 

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Duomo e Museo del Duomo

 

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Christ disputing with the doctors in the temple, Tintoretto 

 

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Navigli

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Nós por aí #3 - Milão

por Catarina, em 30.05.17

Dia #1

 
A ida a Milão foi uma viagem muito aguardada! Estava marcada desde Fevereiro, quando fiz as primeiras pesquisas e estabeleci os pontos a visitar, mas depois disso, com a vida a entrar no piloto automático não foi tão planeada quanto desejei. Foi a primeira viagem internacional do M., e a primeira que fiz sem a minha mãe, o meu ponto de referência! Senti que desta vez era eu “a mãe”, não só por ser uma control freak desgraçada, como por ter mais alguma experiência em viagens, aeroportos e coisas que tal.
 
Partimos de Lisboa já quase às 11:00 da manhã, depois de um ligeiro atraso, mas fizemos um voo muito simpático. Ainda a bordo comprámos os bilhetes para o aerobus, de forma que ao chegar a Bérgamo foi só entrar no autocarro e rumar ao centro.
 
Escolhemos ficar alojados perto da Estação Central de Milão, por ser o local de paragem e partida dos aerobus e porque sabíamos que o regresso implicaria levantar de madrugada e andar aos trambolhões pela cidade às cinco da manhã não fazia parte dos planos! Quando chegámos o primeiro impacto não foi muito simpático; a zona envolvente da estação, que é um edifício muito bonito, está cheia de pedintes, mendigos e ajuntamentos nas zonas de jardim…basicamente parecia que tínhamos caído no intendente há uns anos atrás…not good! Encontrámos o hotel facilmente, e almoçámos, às quatro da tarde uma pizza e um panini antes de empreender uma caminhada até ao centro.
 
A cidade é super plana por isso é muito fácil percorrer os 2,3 km que nos separavam do centro; Pelo caminho ainda tivemos a surpresa de ver um dos corações de Viana da Joana Vasconcelos que estava exposto numa exposição da Sociedade de Belas Artes e que conseguimos ver da rua! 
Optámos por começar por Brera, que foi das zonas mais giras que vi! É um bairro muito giro, óptimo ambiente, com lojas fantásticas de roupa e decoração, arquitectura espectacular, e restaurantes e esplanadas em todas as esquinas; Fomos visitar a Pinacoteca di Brera, que a partir das 18h à quinta feira custa apenas 2€ em vez de 10€ por pessoa, e alberga obras lindíssimas do Renascimento e Maneirismo. A estudante de artes que há em mim entusiasma-se sempre nesta parte, e claro, o M. aprecia mas vou-lhe dando muita explicação pelo caminho, chamando a atenção para certos pormenores etc. O edifício em si é muito bonito, com uma entrada em claustro com colunas e amplas escadarias. A zona do museu tem galerias enormes, está impecavelmente organizada e documentada, e ainda tem um bónus de deixar ver a sala da recuperação de obras expostas quando estão em restauro, e uma zona de armazém de obras não expostas. Como já estávamos algo cansados nesse dia ficámos felizes por não ser uma exposição demasiado grande…mais um par de salas e não teríamos resistido!
 
Voltámos lentamente para a zona do hotel, espreitando as lojas de design e objectos pelo caminho! Têm coisas giríssimas, e claro, muitas delas caríssimas também!
 
Jantámos perto do hotel e fiquei feliz por perceber que a alimentação ali não teria de ser necessariamente à base de massa e pizza, o que me preocupava! A zona tinha vários restaurantes com muita oferta em termos de preço e diversidade no tipo de comida; Claro que a comida italiana predomina, a pizza e a pasta são o pão nosso de cada dia, mas na verdade durante todos estes dias senti alguma desilusão. Esperava ser surpreendida com pastas e pizzas magníficas mas ou levava as expectativas demasiado altas ou achei tudo muito normalzinho…. Gostei mesmo foi dos paninis, com mozarela, rúcula, tomate e manjericão que ficam óptimos e para mim chegavam como refeição, acompanhados dos sumos de fruta e legumes “centrifughi” que há por todo o lado e são mega vitaminas! 
 
Voltámos ao hotel já de rastos, prontos para aterrar numa cama e dar descanso ao corpo e aos pés!
Não sendo nada de especial o hotel acabou por ser uma boa solução; Estava perto da estação de comboios e também de duas linhas de metro; Era um pouco antigo mas o quarto era espaçoso, arejado, a cama confortável e tinha um pequeno almoço melhor do que eu esperava.
 

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 Igreja de San Marco na Piazza San Marco

 

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 Arquitectura em Brera, e janelas com portadas!

 

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 Pinacoteca di Brera

 

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 Capela de Santa Catarina e Santo Ambrósio, dentro da Pinacoteca

 

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Panorâmica das Galerias

 

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