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Ups...ainda sobre o serviço público

por Catarina, em 20.01.17

Depois de ter escrito isto, descobri entretanto que a RTP também fez uma reportagem sobre o tema dos manuais escolares a 13 de Janeiro. Felizmente passou-me ao lado, fez menos publicidade que a TVI, menos alarido, menos... merchandising?!

Em termos de conteúdo tem a mesma falta de qualidade da que a TVI emitiu, sendo que esta, como estação pública, deveria ter ainda mais algum respeito, já que é paga por todos nós. Ambas as estações escolheram a mesma linha falaciosa de investigação "Os professores escolhem e os pais pagam..." e gostava de saber como iriam provar certas afirmações que fazem, como as ofertas e descontos de livros para os filhos dos professores. Juro que gostava de saber... Para além disso gravitam ambas em torno do "os livros afinal só duram um ano", e falham gravemente em explicar o porquê disso ter acontecido e em ressalvar que o mesmo não se repete todos os anos, mas foi um caso isolado com a introdução das metas, bem como a ausência total de responsabilidade dos professores neste ponto. E para fechar, mais uma vez não se assiste a nenhum resultado particularmente positivo, nenhuma conclusão brilhante, nenhuma ideia ou solução...não, ficam-se por atirar farpas.

Não me vou alongar mais, tudo o que é "cão e gato" aprendeu a meter o bedelho no ensino e não me parece que a situação agora seja de fácil resolução. O desrespeito pela classe docente atingiu níveis decrépitos e estas duas estações resolveram começar o ano a atirar mais areia para a cova. Pela minha parte vou dar umas férias à televisão por uns tempos, faz-me mal à azia.

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Voltava aqui...já!

por Catarina, em 19.01.17

E deixava-me lá ficar uns dias tipo lula de molho.

 

myriad08-0613.jpg

 

A foto é do Spa do Myriad by Sana Hotels, que fica nem mais nem menos do que no último piso da Torre Vasco da Gama, com uma vista panorâmica de perder de vista.

O ano passado ofereci à minha mãe nos anos um voucher para uma massagem. Desgraça das desgraças ela não queria por nada ir sozinha então eu fiz o sacrifício e comprei outro voucher para mim! Chato... Enfim, marquei as duas massagens para a mesma hora e num lindo sábado de manhã de Inverno lá fomos, frescas e fofas, para o Myriad. O serviço é de primeiríssima ordem, coisa do outro mundo. Não tinha onde estacionar e deixei o carro à porta mas sendo lugares de curta permanência avisei na recepção. Prontamente receberam a chave e responsabilizaram-se por retirar o carro para o estacionamento coberto do hotel. 

O elevador até lá acima é uma experiência meio supersónica: aquilo é altíssimo e o elevador vai mesmo muito rápido. Somos então recebidas no spa, preenchemos um questionário sobre problemas de saúde e alergias e a seguir somos apresentadas às nossas massagistas. Acompanham-nos aos balneários, que são puro luxo, juro que era capaz de viver ali dentro, e ainda por cima tem produtos de higiene para uso dos clientes de uma marca inglesa mesmo boa, que não me lembro o nome, mas há-de vir! Trocamos de roupa e vestimos uns roupões fofinhos e calçamos uns chinelos. Depois cada uma seguiu com a sua massagista, que são umas raparigas super simpáticas, educadas e atenciosas até uma sala mais pequena banhada pelo sol e pela luz fantástica que reflectia no rio. Antes de nos deitarmos passamos por uma cadeira onde nos lavam os pés, para relaxar (nesta altura já eu estava relaxada mas ok!) e escolhemos a música ambiente e os aromas dos produtos.

Depois escurecem o ambiente e começa a massagem em si, que é do-outro-mundo!!!!! A minha era localizada e escolhi a zona das costas que engloba braços, pescoço e cabeça, no entanto para princípio e "aquecimento" passou pelo corpo todo na mesma! A da minha mãe era completa, durava 60 minutos, a minha era de 45;

No fim da massagem endireitam-nos a marquesa que fica tipo poltrona, abrem as telas para voltar a entrar a luz toda e servem um chá, escolhi de camomila e era fantástico, e um pratinho de frutos secos. Fiquei ali até me sentir recuperada para me levantar e vestir o roupão! Então juntei-me à minha mãe na zona da piscina aquecida onde ela estava à espera do chá com uma travessa gigante de frutos secos. Ficámos ali a relaxar e só não passámos lá o dia porque tínhamos uma viagem para fazer já que íamos passar o fim de semana fora! Mas no caso da minha mãe que tinha uma massagem de 60 minutos, qualquer tratamento com o mesmo tempo ou superior tem direito a usar a zona da piscina, sauna e banho turco o dia todo se quiser!! 

Voltámos aos balneários, tomámos um banho para retirar os óleos, e arranja-mo-nos para ir embora. À saída perguntei pelo carro na recepção, entreguei uma senha e levaram-me o carro até à porta, onde o tinha deixado!

Se vou voltar? Pois está claro, ia já! Não é barato mas para o serviço que oferece não me parece um preço muito elevado, a da minha mãe ficou por 85€ e tinha direito a usar o spa o resto do dia, e a minha que era mais curta foram 65€, ainda assim uma experiência que vale mesmo muito a pena! Já vi outros spas com preços semelhantes e serviços bem diferentes por isso não me importo nada de fazer um porco mealheiro só para lá ir, digamos, uma vez por ano!

 

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...

por Catarina, em 19.01.17

Já não chegava o frio e a vontade enorme de ficar esquecida na cama até ao meio-dia, ainda dou por mim sem carro, de perninhas cortadas. O diagnóstico ainda não foi definitivo...basicamente falta ver se o problema é gigante ou só enorme; Perspectivas para os próximos dias? Cancelar as consultas não urgentes, cancelar a ida ao Porto marcada para o último fim de semana (dizer adeus à exposição do Miró sem lhe pôr os olhos em cima) e talvez assaltar um banco ou dois para pagar o arranjo. O ano está a começar que é um mimo!

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O Problema não sou eu, és tu!

por Catarina, em 18.01.17

Querido Carro,

 

Que mal te fiz eu?

É por não te ver a pressão dos pneus muitas vezes?

É por não te lavar devidamente desde o Verão?

É por não te estacionar tantas vezes na garagem? 

É por não te dar sempre combustível aditivado? Não gostas do aditivo à parte? Diz-me!!

Por favor diz-me de que te queixas mas pára de avariar de seis em seis meses. Eu sei que da última vez, que nem há cinco meses foi, a culpa não foi tua, mas sim dos senhores que te deixaram a transmissão mal montada (que tu cuspiste para fora depois de passarmos a manhã na Serra de Sintra, lembras-te?). 

Diz lá, qual é o teu mal que te fez parar em plena A1 ontem à noite, é que não teve graça nenhuma te garanto. Até parece que és um carro mal tratado, que não te damos tudo do bom e do melhor seu ingrato!

Agora já vais a caminho do mecânico que tu gostas, nada de oficinas a 300 km que eu sei que passas mal com a viagem, por isso vê lá se és amigo, colabora, porta-te bem, não revolvas as entranhas cá para fora que a vida não está para muitos gastos.

 

Da dona, que tem muitas saudades tuas e quer que voltes depressinha!

 

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Chamam a isto Serviço Público?

por Catarina, em 18.01.17

Entre Domingo e Segunda feira à noite a TVI emitiu uma reportagem em duas partes sobre o "negócio" das editoras e dos manuais escolares, assinado pela jornalista Alexandra Borges (AB). Na segunda o tema continuava em discussão na 21ª hora no TVI 24, moderado pelo José Alberto Carvalho e com a presença da jornalista AB bem como a Secretária de Estado da Educação e um representante da Porto Editora (PE).

 

Gosto de ver este tipo de trabalho jornalístico de investigação embora com o passar dos anos me tenha apercebido que o seu poder de influência na opinião pública deveria exigir em muitos casos uma atenção redobrada à qualidade do que se vai apresentar. Vi a reportagem nos dois dias e ontem assisti ao debate; Não contente, e porque me revoltou muito do conteúdo destas peças, voltei hoje a ver as duas partes da reportagem e o debate novamente. Poucas, muito poucas vezes na vida fiz isto mas ainda estava a ver a reportagem de domingo quando em pouco tempo começo a perceber o tom sensacionalista e acusatório da mesma.

 

Não retirando mérito ao tema que é de facto um problema real por resolver que desgasta o orçamento das famílias, a verdade é que não vi nem nada de novo nem nada de particularmente esclarecedor nesta reportagem. Vi sim um desenrolar de acusações mais ou menos veladas, conclusões que me parecem precipitadas pelo facto de não as ver provadas pela reportagem e um ataque feroz a classes. A meu ver ficam a faltar factos, visões isentas, provas reais do que foi dito.

(Também vi tempo de antena atribuído a uma ex-ministra que foi a fonte da maior parte dos problemas que o Ministério da Educação anda a tentar resolver até hoje, a fonte dos primeiros ataques sem precedentes à classe docente que culminaram em frases como "Perdi os professores mas ganhei os pais"...)

 

Toda a reportagem se centra na acusação de que o preço elevado dos manuais escolares se deve ao facto das editoras gastarem balúrdios em ofertas, brindes, formação, apresentações, marketing etc. com as escolas e os professores e que esses custos se reflectem no preço final, pago pelos pais. Não sendo eu de economia consigo até perceber o raciocínio, mas não o vi dado como provado por A+B.

O tom acusatório seguia com uma série de outras premissas que revelavam no mínimo uma profunda falta de conhecimento do que é o trabalho de um professor hoje em dia, e isto foi o que mais me incomodou.

 

Entre os vários entrevistados contam-se alguns professores, a Secretária de Estado da Educação, representantes da Leya e da Porto Editora e um anónimo promotor de uma editora; De todos, à excepção da Secretária de Estado ouvi verdadeiras "pérolas".

 

A classe docente esteve nesta reportagem particularmente mal representada. Destaco as imagens da escola de Montijo que se centram essencialmente na actividade de duas professoras (não tenho a certeza se eram de facto as duas professoras...) que apagam energicamente manuais para reutilização. Ora fazem declarações pontuais para a câmara ora conversam entre as duas como se estivessem à janela, mas o pior não é isso, é mesmo o conteúdo do que dizem:

"A bíblia do professor é o programa, o professor tem de se cingir pelo programa", aqui a minha dúvida se a senhora é mesmo professora porque se o é deveria saber que há programas em uso do fim da década de 80, princípios de 90, e que se não fossem as metas, esses bichos papão, os programas não estariam minimamente actuais.

A colega, a propósito dos materiais fornecidos ao professor pelas editoras afirma "se eu me restringir a isto qualquer pessoa pode ser professor, e acho que não é bem assim"; ora acha e ainda bem, foi a única coisa que disse de correcto. É que o facto de inundarem os professores com resmas de papel e recursos não significa que estes não tenham o seu trabalho para fazer da mesma forma. Mesmo que recorram a estes apoios é impensável acreditar que os materiais todos se adaptam a todas as escolas, a todas as turmas e a todos os alunos de forma standardizada. 

 A conversa continuava enquanto apagavam livros de borracha em riste: "Ai posso-lhe dizer que as editoras para sobreviverem até oferecem às escolas projectores!" ao que a outra responde "Ai nunca aconteceu connosco! Nós não fazemos esse tipo de negócio"; Aparentemente tinha acontecido com uma escola de outro agrupamento, e a senhora era claramente uma justiceira incorruptível que felizmente não deve ter passado por aquelas escolas onde não há dinheiro para nada e a tecnologia mais moderna a imperar é ainda um VHS.

 

Uma outra escola, em Montemor, foi apresentada como exemplo pelo facto de ter eliminado a adopção dos manuais escolares, com autorização do ministério da educação, e ter produzido os seus próprios materiais que disponibilizou em tablets para os alunos. "Com os tablets a reutilização à partida está garantida", afirma AB, mas quantas outras questões levanta esta solução? Um professor entrevistado concordava com a jornalista que o melhor professor faz o manual, sente-se mais professor; então pergunto o bom médico é o que faz o químico e o dá ao doente? O bom advogado faz a lei? Que raio de conteúdo é este?!?!?!?

 

Outro entrevistado, que não deu a cara por ser promotor de uma editora, fez também algumas declarações fantásticas ao afirmar que os professores escolhem de acordo com o que lhes oferecem: "o professor é o cliente da editora", "o professor não precisa de ter tanto trabalho de casa, hoje em dia a adopção passa por aí" e que o que encarece os manuais são: "a forma como chegam às escola, as formações, as apresentações"; Pausa... formações? Repitam comigo, for-ma-ções? Do verbo formar? Formar quem os professores? Ensiná-los a usar o rato do computador ou a abrir a drive dos cds para aceder aos conteúdos multimédia? Não, expliquem-me por favor. Porque a única editora que conheço a fazer formação digna desse nome em Portugal, calha não ser portuguesa. Tudo o resto não passa de show-off e merchandising.

O representante da Porto Editora deu mesmo a entender que recheava bibliotecas escolares com os seus manuais, quando não são propriamente esses os livros que compõem uma biblioteca, ao argumentar contra a jornalista que o valor de uma determinada factura não era de ofertas mas de doações dos manuais às bibliotecas!

 

Portanto, resumindo, em hora e meia de reportagens e debate tudo o que se consegue retirar é que para AB os manuais são caros porque as editoras são mentirosas, escondem os preços reais e mascaram os preços de venda para levarem ocultamente ofertas fantabulásticas aos professores; Estes por sua vez estão corrompidos pela loucura dos brindes, ofertas e eventos de luxo com direito a actuações de cantores, quiçá internacionais, e por isso escolhem "quem dá mais". E toda esta fobia de merchandising segundo a jornalista concluí é paga pelos pais (que não os professores porque esses têm livros ofertados aos filhos claro). Entre o que mais me incomodou, AB parecia absolutamente obcecada com a questão ridícula da mala de cartão que a PE oferece às escolas que adoptem o projecto em causa: "quem e que paga a factura das malas e de tudo o que se oferece aos professores", perguntou "Não são os pais?"

Cansou-me a desiludiram-me as constantes insinuações, o trinómio "as editoras, os professores, as escolas" como se fosse tudo um grande esquema montado por todos e que culminou em frases como "mas afinal, o manual é para o aluno ou para o professor?" e "os manuais são um bem de compra obrigatória prescrito pelo professor" como quem diz, eles é que escolhem estes manuais caros quando há um Professor na Universidade de Coimbra que até fez um manual de matemática gratuito. Em toda a reportagem se tomou o todo pelas partes e soluções e propostas não vi nenhuma, à parte da sugestão inqualificável de AB de que os professores poderiam receber os livros por email para escolherem. A sério?

 Depois acho ridículo que se tentem comparar grandes editoras com as pequenas dando-se a entender que o mesmo trabalho pode ser feito por menos pessoas, pois ambos são certificados, e consequentemente com menos custos para os pais. Como se uma empresa maior com mais capacidades e recursos para existir no mercado deixasse de ter "direito à vida" porque as pequenas não têm a sua capacidade. Sou absolutamente contra os grandes grupos editoriais, gosto, ou gostava mais quando eram mais pequenos e mais independentes, mas também acho que não se pode culpar alguém ou algo por ter sucesso e por sobreviver na crise.

 

O que me incomoda mais ainda do que tudo isto? A classe docente sai mais uma vez debaixo de lama, arrastada para o tema de forma agressiva; Antes do governo de Maria de Lurdes Rodrigues não se ouvia o ataque exacerbado a que se assistiu e assiste ainda contra os professores. Qualquer pessoa "ganhou" o direito a dar "bitaites" nesta actividade, mas ninguém opina sobre as decisões de um médico, por exemplo. Uns têm mais direito à profissão que outros? 

 

Como filha de professora posso garantir que tomara alguns professores poderem evitar receber os rios de papel que algumas editoras produzem que só servem para nos atafulhar as casas quando a escola deixa de ter espaço físico para tanto "projecto". Espero realmente que em breve este governo encontre forma de evitar o desperdício de papel sem que isso signifique adoptar um "livro único" como nos tempos da ditadura e deitar por terra o trabalho de anos das editoras. Se estas funcionam mal regulem-nas, se as leis não servem façam outras, se não são cumpridas tomem medidas, mas este lavar de roupa suja em praça pública não serviu a ninguém.

 

Na sua página de facebook Alexandra Borges publicou entretanto um esclarecimento do qual retiro a seguinte frase: 

"Os professores que se sentiram ofendidos,ou não perceberam nada desta investigação, ou viram outra reportagem que não a que passou na TVI."

Acho que Alexandra Borges também não a viu.

 

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Parlare italiano?!

por Catarina, em 17.01.17

Finalmente: voo marcado e hotel reservado posso dedicar-me agora a longas e deliciosas pesquisas para...Milão!!!

Estou a morrer de vontade de aprender italiano, de decorar o mapa do centro e de perder horas a construir o roteiro. A desejar ver todos os filmes e ler todos os livros passados em Itália na ânsia de absorver toda a cultura e ambiente. Basicamente, a viajar antes da descolagem!

 

Imagem via pinterest @Moleskine World

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No Ovo #4

por Catarina, em 16.01.17

The (no)office issue....

Desde pequena que tinha a ilusão de um T0; Gostava de espaços pequenos, achava que puxavam mais pela criatividade, obrigavam a novas ideias. Até as "casas" das bonecas eram inventadas ocupando menos espaço, mesmo quando podiam ocupar o chão do quarto todo eu preferia inventar "apartamentos" mais pequenos e criar divisões...acho que havia uma arquitecta escondida em mim.

Hoje não é um T0 mas um T1 e não é só meu mas somos dois e, apesar de o rapaz não ter muitas ideias (pelo menos não tantas como eu vá..) também não se limita a dizer "ámen" às minhas, o que acho que faz mal, até pela sua sanidade mental... 

Em casa da minha mãe sempre tive uma secretária no quarto e quando fui para artes a minha mãe juntou à festa um estirador! Não tinha muito espaço mas trabalhava à grande! Agora gostava de ter um espaço, mesmo que pequeno dadas as dimensões gerais do ovo, em que desse para trabalhar de vez em quando sem ter de desarrumar a mesa da sala. Não é que trabalhe em casa, nem para a empresa nem como freelancer, mas por vezes estudo, faço pesquisas, etc e sinto falta desse bocadinho. Também pensei na hipótese poltrona + mesa baixa, mas a secretária dava um pouco mais de arrumação, ainda que saiba que no fim seja poltrona seja cadeira vai acabar invariavelmente debaixo de uma pilha de roupa!

No que toca à poltrona tenho uma ilusão de algo como tinha a Carrie Bradshaw no Sexo e a Cidade que tinha sido feita pelo Aidan... deve ser um guilty pleasure e não ia consegui convencer o homem, acho que ele vai mais pela secretária.

 

 

(Tenho uma paixão por estas cadeiras!)

 

E a poltrona da Carrie:

Imagens via Pinterest 

 

 

 

 

 

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Rescaldo do fim de semana

por Catarina, em 16.01.17

Acho que este foi o primeiro fim de semana a 100% no ovo com o M e sem idas à mothership!

Foi também um bocado test-drive, ficar sexta à noite, sábado e domingo, inteiros até hoje de manhã no ovo ainda não tinha acontecido, e fazer um fim-de-semana inteiro sem idas a "casa", à outra tenho a dizer que é algo que me corrói. Sinto necessidade de ligar para lá umas três ou quatro vezes por dia, ser um pouco mãe da minha mãe. Para além disso também foi um daqueles fim de semanas que vão andando sem plano definido. Bom, qualquer coisa na minha vida sem plano definido é rara, raríssima!

Sábado de manhã havia exames a fazer agendados na Cuf pelo que por aí não havia invenções. Despachámo-nos pela hora de almoço e resolvemos ir à hamburgaria do bairro ali no parque das nações. Estava um frio de rachar mas um sol espectacular. Com a ideia de ir ao cinema à noite voltamos a casa depois de dar uma volta junto à torre Vasco da Gama, passando pelo Agrobio onde o homem ficou louco com o preço da batata doce "bio" versus o seu tamanho!! Eu ri-me, mas não sou pessoa para saber o preço do kg das coisas por isso não tinha nada a dizer. A tarde em casa foi a doer com direito a limpezas de deixar as mães embevecidas, máquinas de roupa e coisas que tal. Já ninguém tirou o refufo de casa e ao fim do dia o rapaz foi buscar a playstation que lhe deram em segunda mão pelo natal. Bem, eu não tive irmãos nem primos rapazes suficientemente próximos para saber o que era isto; para mim toda a questão homem vs máquina, vulgo ps3 no caso, era toda uma espécie de mito urbano que no sábado comprovei com os meus olhos! Pior do que comprovar, ao fim de pouco tempo dei por mim de comando na mão a acelerar a fundo ao volante ora de um Cobra, de um Mini ou de um Mustang... Tenho gostos refinados enfim... o Corvette é o próximo! Se me dissessem que me ia iniciar naquilo aos 26 anos eu teria batido nesse alguém, mas agora acho que descobri um vício novo... bem como é preciso usar as duas mãos pode ser útil na luta contra, aliás, a favor das unhas.

Domingo de manhã deu-me a louca e depois de um pequeno almoço lento e vagaroso que incluiu procurar um hotel em Milão - pausa, sim, já temos viagem para Milão, yeahhhhhhh!- vesti 30 camisolas e munida de cachecol, luvas e gorro saímos para ir caminhar até ao parque Tejo. Estava um frio de rachar e eu fui o tempo todo a rezar para não apanhar uma gripe, mas o dia estava lindo, um sol radiante, uma luz espectacular sobre o rio, uma vista linda, uma série de fotos por tirar porque não levei a máquina. Fomos até à torre e voltámos para almoçar no ovo. À tarde levei o rapaz à feira de domingo da LX Factory para ele ver aquilo num dia mais animado e estivemos por lá algum tempo só a ver curiosidades e a comprar revistas no contentor. Regresso ao ovo, jantarinho no forno, mais umas voltas à pista na ps3 e depois filme, desta leva sem as pipocas que eu tanto queria fazer porque já tinha terminado o jantar com panquecas de chocolate e gelado de nata e achei que era demais!

Entretanto dormi e hoje acordei no Pólo Norte com o carro estacionado entre a Sibéria e a Gronelândia e vim a correr para o trabalho para salvar um dos últimos lugares do parque e não ter de subir a rua a pé neste frio glaciar de 4º. Hoje era um dia fantástico para ficar em casa... mas porque raio é que o fim-de-semana só tem dois dias?!

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Readings #5

por Catarina, em 14.01.17

"A Pérola", John Steinbeck 

 

Antes de me lançar na Elena Ferrante encontrei este livro na estante e resolvi ler; É pequeno, lê-se em três dias e tem uma escrita muito bonita, quase melódica; em alguns momentos lembra-me os ambientes e temas mais místicos da Isabel Allende.

O livro é baseado num conto popular mexicano e é uma parábola sobre a sorte e a injustiça do mundo; conta a história de uma família indígena de pescadores que no meio do azar é bafejada pela sorte de encontrar a Pérola do Mundo que lhes podia dar um futuro melhor. Mas num instante a sorte vira azar e a inveja alheia precipita o fim dos sonhos construídos em segundos. Tem uma mensagem muito poderosa de humildade, de esperança, de sorte e ao mesmo tempo de como tudo pode desabar quando se quer mais, ou se deseja mais. De certa forma é curioso porque o homem não seria o que é hoje se não tivesse desejado e lutado por mais e acho que  isso não devia ser representado como algo negativo, o que acaba por acontecer no livro, quando é no fundo uma evolução natural.

Gostei muito do livro, da forma como é escrito, da melodia envolvente, da inocência e do amor das personagens e desejava que tivesse um fim mais bonito!

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Sobre roer as unhas...

por Catarina, em 13.01.17

Eu já sabia que não valia a pena estabelecer isso como uma resolução deste ano. Estou na pior das piores fases. Quando temos consciência que devíamos ter parado há algum tempo e continuamos ali a roer, a roer a roer. Quando já dói, já tem menos sensibilidade ou está dormente. Quando o leitor de impressões digitais já nem nos reconhece o indicador para abrir a porta do escritório - true story! É um vício terrível. Eu bem tento, pintar e repintar... gasto litro de verniz porque depois qualquer coisinha me faz lá ir e arrancar o verniz daquela unha, e depois da do lado, e depois da mão toda, e depois da outra. E depois volto a pintar. Já tive fases muito boas de conseguir não roer as unhas por alguns meses e ter as ditas cujas com um bonito tamanho e arranjadinhas. Mas depois, mesmo nessas belas fases vou lá roer as peles à volta, ou tirar só aquela cuticulazinha. Como num alcoólico o primeiro gole é o pior, aqui também uma pele levantada é o primeiro passo para a desgraça; já sabemos que depois disso vem outra, e outra. Será que já criaram os roedores anónimos e eu ainda não descobri?! Já tentei verniz daquele com sabor horrível, mas à terceira tentativa já era imune. Já tentei unhas de gel, gelinho e até aquelas extensões de unhas que parece que nos forraram as cabeças dos dedos com cola celulósica. Esqueçam. Pode levar mais ou menos tempo mas o roedor experiente e persistente vai lá chegar. Sempre. 

Tenho de munir-me das minhas forças todas, mas já há umas semanas que não estou a encontrar nenhumas. Ou estão todas aplicadas noutros sítios. Talvez deva voltar a fazer crochet, ter as duas mãos ocupadas à noite enquanto leio ou vejo tv é um bom caminho e já sei que resulta. É que eu sou pessoa para conseguir trabalhar ao computador com as duas mãos, uma de cada vez entenda-se e assim alternar a mão que estou a roer.

Detesto este meu vício, e odeio não conseguir erradicar isto de vez. E quanto mais a minha mãe ou o M me dizem para parar, mais eu continuo ali a roer. Isso então é o pior que me podem fazer. 

Pior ainda, há uns meses descobri que tinha a disfunção da ATM - não dá dinheiro mas é uma disfunção da articulação temporo-mandibular, e uma das coisas que não devo MESMO fazer para não a piorar, adivinhem? Roer as unhas. Assim como comer pastilhas elásticas o que era muitas vezes um escape para não roer as unhas. Fiquei sem o escape voltei ao vício original.

Por isso se alguém quiser criar os Roedores Anónimos eu prometo que vou lá "Olá, eu sou a Cat e sou uma roedora há mais de 20 anos".

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