Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
A Amiga Genial, Elena Ferrante
PS: Gosto de juntar a estes textos uma imagem dos livros, mas não queria apenas a capa mas uma imagem que me dissesse algo mais. Por isso tiro as fotografias assim que os acabo de ler, naquele momento em que fechamos a capa e pousamos o livro, esteja onde estiver; Por isso a probabilidade é que não vão aparecer duas fotos com o mesmo enquadramento sequer, são tão aleatórias quanto possível!
Descobri o prazer de dormir numa cama de casal sozinha. O M. não estava e portanto alinhei-me a meio da cama, apropriei-me das duas almofadas e sempre que acordava a meio da noite rebolava para outra ponta com um ar muito feliz de quem pode dormir com o braço de fora dos lençóis sem ouvir resmungos! Gosto disto!
(e inevitavelmente a ansiedade)
Da Feira do Livro e dos dias de sol tão bons que se passam lá, dos fins de tarde, dos sons, da atmosfera... Como queria que já fosse a época!
Gosto destes dias de sol, dão-me esperança. Aquecem-me a alma e o coração, e vejo no horizonte as coisas mais claras. Não consigo dizer o que mais gosto em Lisboa, mas talvez seja a luz. Uma luz brilhante e quente, que se reflecte neste rio imenso e triplica a sua força. Uma luz que ilumina as ruas e ruelas, as avenidas e as praças, não distingue, não discrimina, chega a todo o lado, aquece todas as janelas. É uma luz que abraça, que me dá uma palmadinha nas costas e diz “Vês? Está tudo bem”. É a luz que faz de Lisboa uma cidade ainda mais bonita, porque lhe define as texturas, as cores e os espaços.
Esta é a luz que me emoldura a Lisboa que eu amo. O ritmo do Chiado, a calma de Belém, as calçadas sinuosas de Alfama até à Graça, a vista do Panteão, a energia da Baixa e das Avenidas, e por aí fora.
(ainda não terminou, ainda pode melhorar...inspira, expira,...)
Furos nos pneus? Um
Exposição do Amadeo? Fui até lá! E quando cheguei, depois de descobrir que a entrada agora se faz pelo antigo Governo Civil, deparei-me com uma fila até à Rua Ivens e desisti.
Para não perdermos a viagem tomámos o segundo pequeno almoço na Padaria Portuguesa do Camões e descemos a calçada do Combro até à Casa Museu Júlio Pomar. Ainda estava patente a exposição conjunta Júlio Pomar e Julião Sarmento e a grande vantagem é que estava vazia e toda por nossa conta. Love it!
Não conhecia mas gostei muito do espaço que é um belo exemplo de reabilitação urbana. O exterior tem duas paredes em azulejo encantadoras e vale a pena perder ali alguns minutos. O espaço tem imensa luz e fiquei com algumas serigrafias para venda na loja "atravessadas" mas os preços variam entre os 5€ e os 750€ e eu caí de amores pelas mais caras! A exposição não é muito grande, tem o tamanho QB, e são desenhos e pinturas que exploram o conceito Void, vazio, oco, etc. Gostei das texturas e da falta de cor, mas principalmente das citações que estão presentes em algumas das obras.
(Esta é a minha preferida)
Apesar das voltas tortas que o dia teve soube bastante bem este passeio pelo Bairro Alto num dia de sol como o de hoje. Agora só falta mesmo ir tratar do pneu furado...
A virose já se foi! Sexta feira fui trabalhar, depois de ter passado dois dias a canja, fruta cozida, chá de camomila, comprimidos e infinitas horas de sono, não me apetecia assim tanto mas tem sido altura de mais trabalho e não conseguia ficar sossegada em casa sabendo que as coisas se iam acumular. Assim para evitar stressar mais com isso fiz um belo esforço, munida de mais chá, bolachas e doce de pêra, um termómetro e uma carteira de comprimidos enfrentei a sexta estoicamente e ainda bem, porque assim vou começar a semana mais calma e sem coisas pendentes.
Entretanto já me restabeleci completamente e voltei a comer normalmente, até porque convenhamos já andava cheia de fome! Amanhã vou, mesmo, pegar em mim e levar-me ao MNAC ver a exposição do Amadeo que termina no final do mês e eu não quero perder.
Nesta ausência digital, tanto quanto possível, voltei a embrenhar-me na leitura e estou de prego a fundo n' "A Amiga Genial" da Elena Ferrante. Comecei meio torta, com algumas dúvidas se iria gostar, mas agora já só quero encostar o computador e ir devorar o resto. Para não perder mais tempo, que isto de adoecer é uma tremenda chatice, já mandei vir pela Wook o "36 hours Europe" para voltar aos planos de viagem. Como tinha dinheiro acumulado em cartão e o livro está com portes grátis acabou por compensar. Adoro a sensação de comprar um livro online e ficar a contar os dias para lhe por as mãos em cima, sentir a capa, apreciar o interior, cheirar o papel...enfim.... book warms stuff!
Uma palavra: odeio-te!
Andei as últimas horas em turbilhão. Ontem pelas 5 da manhã fiz uma visita ao hospital, depois do estômago ter tentado sair pela boca duas vezes, lavada em suores frios e tremeliques de febre. Odeio, odeio, odeio sentir-me assim. Voltei a casa depois de uma hora a soro e medicamentos para as náuseas, análises normais e o diagnóstico que já levava quando entrei: virose. Raios a partam que me apanha sempre pelo estômago. Dormi como se não houvesse amanhã, comi miseravelmente, destilei em febre mais umas vezes e voltei a dormir. Dois dias em casa, zonza como sei lá o quê... É nestas alturas que coisas simples ficam muito desagradáveis...tipo ficar sem pilhas no comando ou atirar com o chinelo para debaixo do sofá. A ver se amanhã já me arrasto até ao trabalho...