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Cinquenta e uma listas depois, não sei quantas tralhas devidamente arrumadas e estamos carregadinhos para rumar a sul, em modo campismo!
Iniciei-me no campismo com o M., e como ele tinha a tenda por estrear acho que posso dizer que foi algo que descobrimos e aprendemos juntos. Sempre tive a ideia do campismo, em parque porque a minha família o tinha feito durante muitos anos antes de eu nascer, e em parte porque quem cresceu a ler livros dos cinco sabe como sobreviver numa ilha durante 3 dias com uma lata de cebolas e outra de tomates! Uma vez quando era pequena o meu avô quis dar-me um cheirinho do que seria e comprou uma das tendas mais pequenas que havia à venda, dava para dois adultos deitados em modo lata de sardinha, e montou-a no quintal, mesmo tendo de furar o chão de cimento! Ainda tentei lá dormir nessa noite mas ninguém me deixou...
Já se sabe que gosto de ter tudo controlado e arrumado e previsto, e mesmo com o esforço anti-neura que faço, há mínimos indispensáveis. Sei que nunca conseguiria fazer campismo selvagem, tenho a certeza disso, e gosto de um certo conforto, ainda que nos níveis mínimos, que é ter casas de banho, colchão, almofadas e electricidade, amén!
A primeira vez que acampámos fomos super felizes com a escolha, o camping de Milfontes, tão mas tão felizes que lá voltámos dois anos depois. Foi até hoje o melhor parque de campismo onde estivemos, e logo a seguir tenho de dizer que o da Galé, embora menos calmo também é muito giro, especialmente porque tem animação à noite, o que é essencial porque aquilo fica longe de tudo. Nas primeiras vezes evitávamos fazer comida para reduzir a quantidade de tralha necessária, mas desta vez vou a salivar por comer peixinho grelhado no carvão, por isso os apetrechos estão todos a bordo!
Noutra lista estão as praias todas que queremos explorar nesta semana, de Tavira até Espanha, por isso se tiverem sugestões não se acanhem!
O estaminé vai estar em época baixa, mas no regresso devo ter histórias novas, já que em modo campismo connosco sai sempre aventura!
Imagem daqui
Como este tema tende a ser muito sensível faço já aqui um aviso à navegação: não tenho nada contra os animais em geral (nojinho de baratas e répteis conta?) e sou grande defensora dos seus direitos, o problema para mim começa quando os direitos de uns invadem os direitos dos outros.
Lá em casa desde pequena que sempre pedi um cãozinho; Por viver num apartamento com uma mãe que já tinha mais o que fazer o mais perto que tive de um animal de estimação foi mesmo um peixe laranja num aquário com uma plantinha. Tinha muito pouca interacção mas garanto que costumava abrir e fechar a boca na hora de lhe dar comida! Em casa da minha avó, quando nasci e até aos meus primeiros dois anos, existia um cão, o Niki, um labrador creme já muito velhote, e que, alegadamente porque não me recordo disto, eu fazia tudo e mais alguma coisa desde brincar com ele, puxar-lhe a cauda e meter as minhas mãozinhas dentro de sua boca. Contado, ainda não acredito. Lembro-me que o Niki morreu velho e doente, na realidade os meus avós escolheram terminar com o seu sofrimento, e nunca mais tivemos um cão na família. A minha tia ainda teve um gato, ainda houve uma luz naquele túnel familiar sem animais, mas a história do gato foi mais trágica que a do cão, e isso pôs um ponto final no tema, para sempre.
Isto fez-me crescer sem grande contacto com animais, e quis o destino que o prédio onde vivi os meus primeiros vinte anos tivesse cães em tudo o que era andar. Eu tinha medo de quase todos, e tendo em conta que dois deles me tinham feito pequenas perseguições quando tinha uns 7 ou 8 anos, tinha razões para isso. A minha mãe teve discussões com o vizinho dono dos cães para que os trouxesse à rua pela trela, porque claramente eles não podiam ver uma criança aos saltos que lhe tentavam saltar em cima. Naquela época sempre que via um cão comecei a esconder-me e atravessar ruas para longe. Calculava as entradas e saídas do prédio para não ter encontros de 4 patas. Eu sei lá! Perdi as contas às vezes que evitei que os cães dos outros se chegassem a mim, maiores e mais pequenos, na maioria das vezes sem trelas. A minha prima conseguiu a proeza de ser mordida por um caniche que estava ao colo da dona e histórias como esta só serviam para aumentar a minha distância de caninos. Para mais sempre que visitava o meu pai e a minha madrasta ficava automaticamente a dormir sob o mesmo tecto que 2, 3 ou até mesmo 4 canídeos.... era o pânico total apesar dos inúmeros "ele não faz mal", "ele não morde".... etc. Um deles era tão pequenino que conseguia em pé comer do meu prato à mesa se quisesse...
Quando comecei a namorar com o M. descobri que ele tinha um amor por cães que era uma coisa louca. Não desgostei, e até vi ali uma oportunidade para conseguir atenuar o medo que tinha crescido em mim. Por sorte a meia-leca dele é uma rafeira que criaram desde bebé depois de a resgatar do canil, e não sendo a cadela mais sociável deste mundo gostamos muito uma da outra! Foi com ela que aprendi a estar mais à vontade com os cães de forma geral (vão sempre existir aqueles que me fazem mudar de passeio); Ganhei à vontade suficiente para passear sozinha com ela várias vezes, e até para a soltar numa zona da praia sem ninguém. Nestes momentos procuro sempre ter atenção se ela se chega mais às pessoas, ou a crianças, porque consigo pôr-me na pele dos outros, e os ouros não sabem que ela tem as vacinas em dia, que não tem pulgas nem coisas que tal, que só quer cheirar e não morde ninguém. Os outros não conhecem os nossos cães, como nós não conhecemos os dos outros, e não é por saber que o meu cão é o melhor da turma em comportamento que tenho de obrigar as outras pessoas a conviverem com ele em proximidade.
Quando comecei a conhecer o resto da família do M. percebi que o amor aos cães não se ficava na meia-leca mas o irmão e a cunhada tinham 2 serra da estrela, às quais juntaram 2 labradores....tudo pequenino como se imagina... Ora as mais velhas ainda vá que não vá, mas o labradores são loucos, especialmente o cão, baba-se por tudo quanto é canto, e atira-se para cima das pessoas, seja quem for, como é óbvio o cão não distingue quem é que quer levar com ele em cima, ou quem vai ao chão em menos de um fósforo... O que me irrita nisto é que o comportamento do cão é igual se estiver na sua casa ou na dos outros, e os donos assumem aquela atitude de "é normal ele atirar-se para cima de ti, só quer brincar", e nem sequer tentam impedi-lo. A vontade daquele ser de 4 patas reina onde quer que esteja e isso chateia-me porque eu preferia não ter de levar com ele... lá porque os donos apreciam a baba na roupa e na mobília, e os encontrões daquele pequeno bisonte, podiam entender que os outros não sentem o mesmo. Como quando dizem "ele só quer cheirar", e eu fico com vontade de dizer "e alguém disse ao cão se eu quero ser cheirada"?!! Conclusão, fico sempre vista como a pessoa que não gosta de animais, que não gosta de cães, a menina birrenta e detesto que me façam sentir isto, e que me ponham nesta posição. Não percebem que me estão a impor os seus cães e os seus hábitos e como eu recuso render-me mas fico a sentir-me mal e a tentar dar explicações sobre o meu historial com cães como se tivesse de me justificar.
No fundo, o que alguns donos não entendem, e deviam ser educados para isto (não só os cães), é que se o espaço deles invade o dos outros acaba a liberdade do outro que não pediu essa intromissão. Se eu tivesse um réptil de estimação será que os outros iriam querer uma iguana a lamber-lhes os dedos dos pés? Ou se eu tivesse uma ratazana de estimação? É só pensarem um bocadinho.
Em Itália percebi que há lojas que permitem cães, e já ouvi dizer que em Portugal pensam fazer o mesmo. Eu pela minha parte digo já que sou contra. Sou contra ter de experimentar roupa num provador onde já esteve um cão antes com o dono, sou contra ver roupa numa loja enquanto um cão passa por mim, sou contra vir a cheirar e encontrar os seus fluídos nestes locais, e não me venham dizer que os bem comportadinhos não fazem fora do penico! Há limites para tudo, e por mais que defenda os direitos dos animais, que defendo, não consigo conceber a ideia de sermos todos exactamente iguais em , porque não somos. Porque há o factor animal racional versus animal irracional, e essa é a linha que nos separa, já nem falando de quando os animais têm outros animais como donos.
Para que escola mandamos os donos dos animais para que estes aprendam como ter um animal em sociedade, e percebam que não se pode simplesmente impor um ser aos outros, seja de que espécie for?
Um dos temas mais complexos que tenho nesta missão é aumentar o consumo diário de água. No meu caso não é tarefa fácil porque desde pequena que não gosto de beber água. Bebo sempre apenas quando tenho sede e pode acontecer passar um dia inteiro sem beber um copo de água que seja, fora dos 2 copos que bebo ao almoço e ao jantar.
Mesmo no verão com o tempo mais quente, para além de ter pouca vontade também tenho preguiça; Por vezes tento "sair pelas laterais" aumentando o consumo de frutos como a melancia que é quase quase só água! Outras vezes fazia chá mas só há pouco tempo é que consegui eliminar o açúcar e adoçantes, e infelizmente sem isso alguns chás são horríveis de beber!
Cheguei a duas soluções rápidas para resolver este problema: a primeira foi comprar chás que se possam usar em água fria e não necessitem de água quente; Têm um sabor mais intenso e agradável sem ter de adicionar açúcar e é muito rápido, basta encher a garrafa de água e deixar lá o pacote dentro que num minuto está feito!
Outra solução mais elaborada é a água aromatizada... aqui acho que vale tudo! Por vezes uso um pacote de chá normal como base, mesmo mergulhado apenas em água fria liberta cor e algum sabor; Depois junto casca ou rodelas de limão, laranja ou toranja, outras vezes opto pelos frutos vermelhos como mirtilhos e framboesas e também já usei pepino; Os frutos vermelhos uso muitas vezes os congelados e assim servem de "gelo" também! O pau de canela é opcional, e gosto sempre de colocar algo verde: hortelã ou alecrim, aqui mesmo da horta que tenho na varanda!
Recentemente descobri um chá cujo sabor gosto naturalmente: sementes de funcho! Comprei as sementes ao peso e em pouca quantidade com receio de não gostar mas afinal foi dos poucos sabores que gostei logo sem precisar de açúcar. Para melhorar descobri que era um bom aliado para eliminar os gases do intestino, para os quais as frutas e legumes consumidos em grandes quantidades podem contribuir...
Como balanço dos últimos meses posso dizer que o resultado tem sido positivo. Beber água é um hábito que se cria, e eu estou a criar o meu! Comprei uma garrafa de vidro na Tiger, para evitar os plásticos que ganham cheiros e bactérias com o uso, e embora não seja muito grande eu preparo lá tudo e sempre posso ir acrescentando ao longo do dia quando preciso. No mínimo por dia bebo uma garrafa, nos bons dias bebo duas!
Aquele momento em que nos ligam e o cenário seguinte acontece:
"Precisava da tua ajuda para fazer um logótipo"
Contemos o pensamento mais rápido que vamos ter: "a pagar?" e evitamos perguntar isso logo de chofre; Nunca ninguém começa estas conversas com um "quero contratar os teus serviços para fazer um logótipo", começa sempre como um "favorzinho" ou uma "ajudinha"; Ainda mal respondemos e já "têm várias perguntas para nos fazer"...
"Que programas é que recomendas?"
Neste momento temos vontade de dizer "porquê achas-te com capacidade para independentemente do programa que vais utilizar conseguir fazer um logo, digno desse nome, e aplicar os conhecimentos que eu levei 3 ou 4 ou 5 anos a desenvolver?"... Mas na verdade dizemos "o melhor para mim é este... mas podes sempre tentar o .... que é barato ou o .... que é opensource".
"Eu mandei-te um boneco que fiz, para ficares com uma ideia do que quero, usei um programa grátis na net"
Óh valha-me nossa senhora..."usou um programa"... desato já a correr daqui para fora ou espero mais um bocado...? Pergunto qual foi...já não sabe; Pergunto qual o formato em que exportou...não exportou, fez uma captura de escrã...o resto era a pagar. "Jura" pensei.
"O projecto tem a ver com uma oficina, portanto juntei um carro e uma chave de parafusos e escrevi o nome" (projecto fictício baseado em exemplo real!)
Epá....pois, lá óbvio fica... neste momento ficamos sem palavras e aguardamos a pérola que se segue.
"Eu pensei em usar o clipart, mas não quero problemas com os direitos de autor"
O que queria responder: "se usares o clipart o teu menor problema vão ser os direitos de autor mas sim a merda de logo que achas que vais fazer"; O que respondi: "há muita coisa opensource e muitas bibliotecas com licenças creative commons, de certeza que te arranjamos melhor que o clipart".
"Vai ter muita visibilidade, vai estar no site, nos nossos documentos, em posters e flyers...."
E vocês pensam..."what? querem pagar-me em visualizações?"
Algures pelo caminho há referência a pagamentos....mas têm medo do orçamento, é que têm pouca verba, ainda estão a arrancar, é de investigação não é comercial, não vai ter lucro, ................................................
............(já limei as unhas)
................
...................(entornei o frasco do verniz em cima do caderno onde estava a rabiscar)
.........(pintei uma unha)
.............
.......precisam de recibo...
Neste momento vemos a solução; Não podemos passar recibo porque isto ou aquilo.... vamos ver se conseguimos alguém que aceite o trabalho por nós; "fiquei de apresentar o logo esta semana", neste momento sabemos que ninguém no mercado aceita um trabalho com estas condições... mas como somos amigos ficamos de ver, de dar uma ideias, um jeitinho e tal e coiso....
Queremos que a chamada caia, queremos ver-nos livres do amigo e da amiga, do primo com muito jeito que faz logos no photoshop, do sobrinho da afilhada do meio-irmão do marido que tem uma gráfica em rio de mouro e faz isto tudo por 50€ e ainda imprime uns cartões de visita catitas.
Pessoas, se têm amigos designers, epá, deixem-nos em paz, a sério! Aos vossos amigos médicos pedem uma consulta enquanto tomam um cafézinho? Sacam de lá o rx para cima da mesa para o Dr. avaliar? E aos vossos amigos contabilistas pedem uma ajudinha para vos irem às finanças tratar do IRS? Se calhar o mal é só meu que como nunca chateio ninguém imagino que este é só mais um dos defeitos desta minha profissão em particular. Isso e a ideia que as pessoas têm que um programa na net lhes vai resolver o assunto.
Fernão Capelo Gaivota, Richard Bach
Este livro tinha-me sido apresentado como uma metáfora, mas acho que não é apenas uma e sim várias. Conforme ia lendo conseguia identificar muita coisa: feitios e pessoas, formas de vida, formas de contornar os canônes e pré-conceitos estabelecidos. Quando andava na faculdade aprendi esta expressão "pré-conceito" a estudar Antropologia e nunca mais me esqueci que é desses pré-conceitos que nascem coisas como o preconceito.
De vez em quando gosto destes livros que, de forma leve, engraçada e com uma certa doçura de personagens, me façam pensar, reflectir, identificar, pensar novamente, e concluir ou não alguma coisa!
Gostei muito da personagem de Fernão Gaivota, da sua evolução, da persistência e da forma como explicou tanta coisa. Da luta e da garra que demosntrou, da vontade de regressar, e da forma como enfrentam a passagem do tempo.
Até gostei do quarto capítulo em que tudo o que vimos conquistar nos anteriores parece alterar-se irremediavelmente, e depois percebemos que o livro e a existência daquelas gaivotas é tal como a nossa, vivida em ciclos, e que tudo o que já aconteceu torna a acontecer.
Sinto que este é um daqueles livros que se reler noutra altura, com outra perspectiva ou maturidade vou conseguir encontrar muito mais nestas palavras. Li tantas passagens bonitas e interessantes que poderia facilmente ter sublinhado o livro todo.
Tive a sorte de comprar uma edição recente onde foi publicado o último capítulo e uma nota de autor; Para além disto tenho a dizer que as fotografias e ilustrações ao longo do livro são muito giras!
No próximo fim de semana eu e o M. vamos hibernar, por isso o fim de semana que passou foi na mothership a aproveitar o que foi possível, passear, jantar fora, ver uma feira marroquina no mercado de Cascais, ver o Museu Berardo mais uma vez e almoçar no village underground! Claro que fazer umas compras nos saldos fez parte do roteiro até porque já temos em mente a mala de viagem para Florença (no pino do verão vai ser um lufa lufa)!
Esta semana tenho listas intermináveis de coisas para tratar; o M. faz anos no domingo e segunda partimos para o campismo, e eu, apesar de fazer um campismo mega confortável e controlado faço sempre as malas como se fosse para o meio da vida selvagem sem rede nem água! Exagerando um pouco claro, mas levo muita muita coisa que "pode vir a dar jeito", ou "pode fazer falta" ou "se não levarmos vamos precisar de ir comprar"! Posto isto já ando com dois cadernos de listas para ir actualizando.... tenho post its colados na agenda do trabalho em tudo o que é canto, e estou mesmo a torcer para que esta semana voe daqui para fora!
Ontem acabei finalmente o livro que a ler (já falo sobre isso!) porque não queria levar um livro perto do fim, prefiro um que dure para a viagem toda!
Bora lá acabar esta semana!
Já li umas coisas sobre sonhos, ouvi outras tantas, li outras; Todas encarei com o mesmo misto de sentimentos entre o respeito e a suspeita de não acreditar em nada do que lia; estranho? sim, porque outras vezes acredito piamente, pior, confirmo coisas. Assim parece estranho de explicar.
Sempre ouvi a minha avó Maria dar muita importância aos sonhos, e ter significados já definidos para alguns; Lembro-me de me contar uma vez que passara toda a noite a sonhar que dançava com o meu avô, e não gostava porque nos sonhos dançar era o presságio de morte, ou assim ouvira dizer a sua mãe, e antes a sua avó...
Sonho muito, e frequentemente consigo lembrar-me dos sonhos, com mais ou menos pormenor;
Por vezes ficam apenas frases ditas, um gesto, uma cara, uma pessoa, um cheiro, um sabor, uma sensação. Tanto me lembro de tudo como de quase nada, mas mesmo aí fica sempre qualquer coisa a que por vezes me agarro para tentar recordar o resto. Claro que não é inédito ir sonhar com algo que acabei de viver, ver, assistir, etc, mas esses são aqueles sonhos sem importância, sem nenhum lado mais secreto ou íntimo.
Mas por vezes os sonhos são amálgamas de acontecimentos estranhos, e que por vezes significam algo; Quando digo significam refiro-me ao facto de ao ler o que o suposto sonho podia significar reconhecia na minha vida real evidências disso mesmo.
Uma vez sonhei com ratos, algo que nunca tinha acontecido, e de uma maneira horrível, era como que perseguida. Li que esse sonho estava associado a invejas e traições e na minha vida real existia realmente alguém no contexto de trabalho que atrás de uma falsa aparência simpática tentava puxar-me o tapete e fazer-me parecer incapaz aos olhos do chefe. Senti o sonho como um alerta de algo que já desconfiava e encarei essa pessoa de outra forma....e aniquilei-a com outra força.
Também me lembro que um dia sonhei que descia umas escadas e que a meio das mesmas encontrava uma roseira, com tantos mas tantos espinhos que ficava toda cortada. Na altura nada do que li de significados me fez o menor sentido, não liguei, mas fiquei com a sensação que poderia estar a escapar-me algo.
Muitos anos antes sonhara que uma amiga nossa ligava, lavada em lágrimas, e aos soluços nos dizia apenas "o Pedro,...o Pedro..."; No sonho subentendia-se que o Pedro morrera, e de facto o filho chamava-se Pedro. Não aconteceu nada ao Pedro, mas semanas depois o sobrinho, que também se chamava Pedro morria de uma doença degenerativa contra a qual lutava há muito tempo. Desde esse dia que dei outra importância aos sonhos, senti naquele momento que tinha sido algo premonitório, se bem que a que há em mim me diga que tendo em conta o estado de saúde da pessoa era algo mais ou menos expectável.
Os sonhos por vezes influenciavam-me a vida; tive uma época de tantos pesadelos que nem queria deitar-me e dormir com medo de voltar a eles.
Tive outra época em que só queria dormir para sonhar, porque nesses sonhos vivia algo que na vida real não conseguia. Muitas vezes sonhava com coisas (e pessoas) que desejava abertamente. Paixões que tinha declaradas e assumidas para mim mesma; não me parecia estranho que isso acontecesse. Chegava a acordar com a sensação dos lábios da outra pessoa ainda nos meus, com o calor do seu abraço acabado de dar...era um martírio acordar nesses momentos. Chegava a escrever um diário de sonhos nessas fases, apenas para que ao reler conseguisse recuperar um pouco da emoção que sentira ao sonhar. Por vezes consegue ser tudo tão real..
Há duas noites voltei a um dos meus sonhos recorrentes recentes.
Com uma pessoa com a qual não tenho nenhuma relação afectiva, mas que me atrai e que admiro.
No sonho vivia uma fase em que o elo que nos ligava era finalmente exposto, e tanto um com outro ficava a saber que era recíproco; o mais estranho nos sonhos por vezes ainda é como tanto se diz, se faz e se vive, em tão pequenas fracções de tempo.
Não é a primeira vez que sonho com esta pessoa, mas é a primeira vez que a nossa relação escala alguns níveis, e isso pode ser assustador porque acho estou a sonhar com um desejo reprimido que não sabia que tinha, ou se sabia não queria ver.
Sinto-me uma traidora de sonhos, impotente ainda por cima, porque por mais que já tenha tentado nesta vida não os consigo controlar! Nem quando queria que acontecessem o conseguia fazer...
É nestas alturas que penso, que bom, bom mesmo é não recordar; e é também nestas alturas que me lembro sempre deste filme!
1 - Usar os termos "logo" e "ícone / icon" sem distinguirem um do outro (vou considerar fazer um manual "design for dummies");
2 - Pedirem-nos para fazer "um boneco", dizendo assim mesmo: "faz aí um boneco para este slide";
3 - Pedirem-nos para "embelezar um power point" (também com estas mesmas palavras); sinto-me como se me estivessem a pedir para pegar na base, nos pincéis, nas sombras e no baton e fazer-lhe uma make-up de festa;
continua, certamente....
Cá em casa temos um; Não, minto, temos vários! É frequente discutirmos por coisas mal explicadas, e temos culpas de parte a parte, assumo..
Agora estou a tentar perceber em que parte não fui 200% clara quando há umas semanas disse ao M. que ia comer menos, ou nenhumas, porcarias... ou pelo menos ia tentar arduamente! No domingo enquanto arrumava as compras dos sacos que ele trazia encontrei um pacote de tiras de milho, que é só a crappy food que eu mais amo nesta vida! (Mesmo sabendo que aquilo de milho deve ter pouco, tem quilos de sal e a gordura vai-se enterrar toda nas minhas coxas, mas adiante... cinco minutos na boca, toda a vida no rabo!)
Eu - Porque compraste isto? Sabes que eu não como!
Ele - Estava em promoção...e não comas!
Mandei-o mentalmente à fava e pensei: não devo ter-me explicado bem! Então eu dou-me ao trabalho de guarnecer o frigorífico na praça com tudo o que é variedade de frutas e legumes, e este mamífero acha bem trazer-me comida de plástico?!?!? Será que ele não percebeu que aqui em casa se eu estou a dieta, ele também está?!?!?!? É que não é uma dieta palerma de emagrecimento rápido como vemos muitas vezes, eu estou a fazer um esforço para nos por aos dois a comer melhor, com mais qualidade nutritiva, e se porcarias que não fazem falta a nenhum dos dois.... Olha que esta!
PS: Ao fim de quatro dias não resisti...Parece que o pacote tem 130gr....e seguramente estão lá uns trinta
O novo vídeo da PETA é tão horripilante como essencial; É urgente acabar com determinadas práticas, e nunca é tarde para começar.
Vão ver aqui, a sério.