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A semana passada voltei a fazer uma dieta de silêncio. A verdade é que muitas vezes dou por mim no correr do dia a pensar em coisas para escrever. Mas o dia corre, e no final, quando tenho tempo, falta-me a vontade.
O trabalho tem visto algumas mudanças; novos projectos, novas pessoas. Tudo muito positivo, tem-me feito um bem danado tanta variedade para quebrar o ritmo! Claro que me vem tanta bonança com uma fatura de ansiedade, mas vou fingindo que não, que é só impressão. Tenho pequenos flashes da profissional que há em mim, do quão boa sou naquilo que faço; mas são flashes... e uma boa parte do tempo acho que sou apenas regular, normal, que as pessoas se espantam demasiado com o que faço, e que devem ter as expectativas muito baixas... Resumindo, uma boa parte do tempo dá-me para a baixa auto-estima profissional. Felizmente que há minha volta ninguém vê esse retrato, vêm um muito melhor.
A semana passada e as mini férias da Páscoa serviram para um intervalo na situação casa que estamos a viver. Este sim é um dos meus grandes focos de nervos. Já andávamos à procura de casa quando uns amigos que moravam na rua de cima do nosso ovo nos perguntaram se não queríamos ficar com a casa deles, que também era alugada, porque ele tinha sido transferido finalmente para outra cidade e iriam mudar em breve. Soubémos sempre que a situação dela ainda não era a mesma, que ainda não tinha a transferência com data marcada, mas que seria algo que se resolveria nos primeiros três meses do ano, no máximo. Numa estúpida ansiedade de resolver o problema de procurar casa traçámos logo um plano para a troca... falámos com senhorios, mudámos contratos, o diabo a sete. Em Fevereiro mudámos, sabendo que ela e a filha de dois anos ainda ficariam por ali algumas semanas, pois apenas ele já tinha mudado. Ficaram com um dos quartos e no resto da casa "entrámos" nós. Claro que uma coisa é conviver com os amigos....outra um pouco diferente é viver com eles. Mas alinhámos nesta ideia porque tinha um prazo de validade. O problema é que o plano tinha falhas...tomámos como certo algo que não estava, em em Março ficámos a saber que afinal não havia nem data nem certeza da transferência. A minha ansiedade começou a tomar conta de mim, porque nunca teria alinhado na ideia se a mesma não tivesse um prazo, um final anunciado. Agora sinto que estamos numa estrada a andar aos esses. Não vejo o fim à história, e isso enerva-me. Muito. Arrependi-me já até à raiz dos cabelos. Não me consigo arrepender mais.
Pelo menos o fim de semana brindou-nos com um sol bem simpático que permitiu uns passeios junto à praia no oeste para carregar a vitamina D, essencial para mais uma louca semana de trabalho!