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Nada. Nope. Rien de rien. Niente. Deixou de me dizer o que quer que fosse há muitos anos. Acho que é uma época mágica para as crianças, e enquanto tal diverti-me e gozei-o bastante, mas depois acho que quando crescemos tudo fica desproporcional.
Quando era pequena era toda uma alegria: as roupas, as pinturas que a minha mãe me fazia a dar com os fatos, as serpentinas e os papelinhos. Quando íamos passar estes dias a Palmela então desforrava-me no quintal da casa e os papelinhos duravam aos cantos até ao Carnaval seguinte. Quando estava bom tempo íamos até Setúbal desfilar as nossas máscaras ou mesmo até à praia na Arrábida embora por vezes, e apesar do Sol, debaixo das indumentárias estivessem 2 pares de collants ou um fato de treino completo! De morango a princesa, fada a bruxa, índio a cowgirl, indiana ou capuchinho vermelho, palhaço ou cigana, vesti-me de tudo quanto era possível e a imaginação da minha mãe deixava. A maioria das minhas roupas era arranjada pelos trapos lá de casa; tive fatos originais sim, e outros emprestados, mas divertia-me sempre mais quando a minha mãe lançava mãos à máquina da costura. Foram bons tempos, recordo com carinho, mas acho que fazem parte do passado e não me passaria pela cabeça revive-los agora. Simplesmente não condiz comigo esta folia que muitos adultos vivem em algumas zonas do país. Estando bastante ligada a Torres Vedras e à zona do Oeste posso dizer que nesta altura deixo de lá ir até passar aquela barafunda toda. E já nem falo nas brasileirices que importámos nos últimos anos e que nos escarrapacham na tv por estes dias.... Aquela gente deve sair toda dali para as urgências com uma valente gripa mas enfim, cada um sabe de si!