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Going green: na casa de banho

por Catarina, em 30.06.20

Quando nos dedicamos a entrar neste processo percebemos que há muito por onde começar e há muito por onde melhorar. Não sou nem nunca fui de extremos, e tal como li outro dia, mais vale fazer pequenas mudanças adaptadas a nós, ao nosso contexto e a quem somos, do que não fazer nenhuma! 

Dividi uma folha A4 em 4 partes e coloquei a cozinha, a casa-de banho, o quarto e a sala em cada parte; Depois dediquei-me a observar cada espaço e a ver o que podia ser melhorado. Li num dos meus blogues preferidos vários mini guias para nesta primeira fase estar mais desperta para o que poderia mudar em cada local, o que tornou o processo mais simples.

Como me decidi a começar pela casa-de-banho, por achar que era o espaço menos sustentável, começo também por aí a escrever.

Correndo a bancada da casa-de-banho era cada tiro cada melro:

- Cotonetes em plástico -> substituídos pela versão em bambu que encomendo na Pegada Verde ou noutro local onde calhe fazer compras!

- Escovas de dentes, em plástico -> que ainda por cima devemos renovar com frequência! Adoptei também as de bambu, primeiro encomendava da babu mas depois descobri que já há nos supermercados (da Colgate) por isso é fácil e não há desculpas.

- Pasta de dentes, em embalagem de plástico com caixa de cartão e com ingredientes duvidosos -> Fiz muitas tentativas e ainda não tenho uma preferência! Mas há opções vegan em embalagem reciclada e reciclável, opções em frasco de vidro (por vezes tendem a secar mas basta misturar um pouco de água), ou completamente sólida, em que mordemos um bocadinho e depois é esfregar... acho que aqui vai muito ao gosto pessoal, até agora não adorei nenhuma, estranho o sabor ainda embora ande nisto há mais de um ano, mas também não é algo que me tire o sono!

- Fio dental, não sei se me impressionava mais o material ser plástico ou a embalagem que também o era -> tudo devidamente substituído pela versão sem plástico e em embalagem de cartão.

- Sabonete líquido para as mãos, em embalagens de plástico com que depois abastecíamos o doseador de vidro -> bem vindo de volta sabonete!

- Gel de banho, idem aspas ao ponto acima -> há quase 2 anos que estas embalagens deixaram de entrar cá em casa (logo são menos umas quantas para levar à reciclagem!)

- Champô, em embalagem de plástico e com ingredientes também duvidosos e prejudiciais cheios de micro-plásticos -> aqui tem sido uma odisseia! Já usei champô e amaciador sólidos, de várias marcas, e com algumas corre bem, mas com outras passo a palha de aço num tiro. Quando estou em muito mau estado varro a prateleira do supermercado um a um para encontrar uma versão sem ingredientes prejudiciais (e durante a quarentena tive de fechar os olhos também a esses por uma ou duas vezes).

- Algodão e desmaquilhante -> comprei três conjuntos de cotton pads, de marcas diferentes e vou usando e lavando, nada complicado! O desmaquilhante /água micelar procuro também versões com ingredientes não prejudiciais, mas ainda estou work in progress porque ainda vêm em embalagens plásticas! Tenho um sabonete de ervas próprio para o efeito (de uma linha green da KIKO), mas às vezes tenho preguiça pois não é tão prático.

- Creme hidratante / creme rosto -> passei a ter em atenção as marcas e os ingredientes, bem como as embalagens, recicláveis ou reutilizáveis!

- Desodorizante, que usava normalmente em spray -> por agora estou nas versões roll-on com ingredientes vegan e embalagens recicláveis, mas o próximo passo é tentar as versões mais eco-friendly no mercado: em sitck, em creme ou pedra de alúmen.

- Depilação, sempre odiei o cheiro dos cremes depilatórios, as cenas de bandas e pseudo-ceras, sou time gilete e parece que ou continuar, reutilizando ao máximo até adquirir uma versão com lâminas que se podem ir trocando reduzindo a quantidade de desperdício. Também tenho uma alternativa que uso em algumas situações que é uma superfície em microcristais de silício que ao ser passado na pele em movimentos constantes elimina o pelo e as células mortas, mas dá algum trabalho e leva algum tempo até ter uma depilação completa feita!

- Higiene feminina, vulgo pensos, tampões e cenas...-> aqui a coisa está muito atrasada, apesar de ouvir maravilhas sobre o copo menstrual não estou minimamente inclinada a experimentar por enquanto. E o pior é que pensos e tampões são dos produtos que levam mais tempo a decompor-se, podem levar até 800 anos. Embora não faça um consumo muito grande, nem sequer mensal, qualquer utilização já me dói na alma, por isso descobri recentemente e vou experimentar os produtos Clementine, feitos à base de algodão orgânico de produções sustentáveis e principalmente, sem produtos tóxicos!

Manicure, ou o pior dos venenos a que nos habituamos -> também recentemente adoptei vernizes vegan, menos maléficos que os originais, e optei por removedores de verniz vegan em vez da tradicional e mal cheirosa acetona. Tenho a dizer que o removedor deixa as unhas óptimas, hidratadas e com bom aspecto!

Maquilhagem -> já há tantas, mas tantas marcas com estas preocupações que é muito fácil ter produtos com menos ou sem ingredientes prejudiciais, em embalagens recicláveis e não testados em animais!

Toalhitas -> só uso em viagens e há opções no mercado só com 2 ingredientes, em que o principal é a água, embora as embalagens ainda sejam de plástico.

Limpeza -> aqui ainda não cheguei definitivamente, os produtos cá em casa ainda são na sua maioria os tradicionais, mas pode ser por pouco tempo!

 

Ilustração da Amanda Oleander

 

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18 comentários

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De concha a 30.06.2020 às 13:58

Não consigo encontrar um amaciador que de conta da minha carapinha sem vir numa embalagem de plástico! :/
Cotonetes já ha muitas de cartão nos supermercados... acho que as da Johnson são. Raramente uso, mas há que use todos os dia cá em casa.
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De Catarina a 02.07.2020 às 12:19

Eu já experimentei amaciador sólido mas não correu muito bem; De início passava só nas pontas e parecia ajudar, mas ao fim de algum tempo com a continuidade o resultado era estranho..não sei explicar, mas o cabelo continuava seco e com uma textura como se me tivesse esquecido de passar a água a seguir!
No caso dos champôs já me explicaram que o cabelo passa por um processo de adaptação; Sinto isso mais com algumas marcas e chego a ter que voltar a um champô dos antigos para ficar com um ar mais apresentávél
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De concha a 07.07.2020 às 15:16

Acerca do processo de adaptação... confesso que não acredito. Por um motivo muito simples: perdi todo o meu cabelo, então achei que o meu cabelo novo nunca iria receber produtos químicos!
Conforme foi crescendo, tive mesmo que o começar a usar shampoo (e largar o bicarbonato) e amaciador (e largar o vinagre)
Agora, com uma carapinha enorme...

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