por Catarina, em 24.02.17
As coisas improvisadas têm uma beleza própria que eu normalmente falho em ver. Sou uma control-freak assumida, não gosto muito de improvisos, de coisas sem aviso prévio, de desenrascar, não. Gosto de planear, seguir à risca e encarar o resultado como fórmula matemática simples e expectável.
Por isto e tudo mais, por todo o turbilhão que se gera dentro de mim quando me alteram os planos fico possessa, irritada, nervosa, ansiosa, e falho em ver que às vezes o improviso sai bem, ou então sai menos mal do que eu temia!
Hoje trocaram-me as voltas à hora de almoço, atrasaram-me e atrasei-me, baralhou-se tudo, falharam os planos, e os que não falharam não se sabe bem em que condições foram cumpridos. Corri, fiz correr, stressei, não ouvi o que me disseram, ignorei, fiquei levemente zangada…e tudo isto em fracções de segundo.
Pelo caminho, o lado bom deste improviso foi a visita de uma sobrinha emprestada, uma boneca bochechuda, rechonchuda, sorridente e calma, que eu não via há meses e está a crescer a velocidades alucinantes!
(e pronto, quase me fez esquecer que depois passei quase um quarto de hora às voltas a tentar encontrar lugar para o carro!)