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Chega aquela altura do ano em que o cérebro quer arrumar as gavetas mas não consegue deitar coisas fora!
É a época dos balanços por defeito, e não é que não goste deles, que gosto, mas este ano sinto-me mais em baixo que o costume.
Não é só cansaço, não é só do trabalho nem do frio. É de dentro. É fruto das mudanças que este ano teve, da reviravolta de Janeiro a Dezembro, da velocidade a que passou, a que passa tudo. Foi ter de pensar quando alguém me perguntava quantos anos tenho, foi adormecer pensando que não estou onde queria, mas não sei onde queria estar; Foi habituar-me ao dobro do espaço para dormir e agora parecer que não cabe lá mais nada (ou ninguém), foi pensar cada vez mais se não deveria impor à minha vida uma qualquer mudança, e não saber qual, nem como (ou saber e não saber se tenho coragem para tal!).
Pairou uma sensação de fracasso durante uma boa parte do ano, e apesar de não ser inteiramente justa comigo própria não consegui ver as coisas de outra forma durante algum tempo.
Quero acreditar que tudo acontece por uma razão, e que daqui a algum tempo vou entender o porquê de ter vivido este ano de 2018 tão atribulado.