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Eu adoro o meu trabalho; Mesmo nos dias mais cinzentos, em que os prazos se atropelam e o stress me consome, eu adoro o que faço e sinto-me uma sortida por isso.
Para além disso, gosto da minha segurança, gosto de estar em casa, gosto de ter a família e os amigos perto.
Mais para além disso, também gosto de viajar, também tenho vontade de conhecer outros lugares, outras culturas; Tenho curiosidade de como será viver noutro país, como seria ficar sem a minha “estratosfera” pessoal.
Quando era miúda, e fazia planos na minha cabeça, ou brincava à vida de crescida, imaginava que com 28 anos já teria desfilado até ao altar, e já teria um filho nos braços, ou dois.
Claro que conforme cresci essas ilusões desfizeram-se, e nos últimos anos nada disso me passou nem perto da vontade.
Hoje em dia já questiono tudo novamente; Quando à minha volta vejo todos a casar, a ter filhos, a comprar casas, etc… e eu olho para mim e penso se estou realmente como queria. Por um lado sei que sim, não hesito um segundo na resposta; Mas há sempre outros lados que nunca estão bem onde queremos que estejam.
Ultimamente dou por mim a pensar numa nova vertente… e se, tudo aquilo porque lutamos na vida afinal não é o mais importante? E eu sou muito suspeita, porque adoro viver com o meu monte razoável de coisas, mas sei que é possível viver com bem menos… só nunca foi o meu objectivo. Mas penso, na melhor das hipóteses daqui a alguns anos compro uma casa, e fico hipotecada a ela, isso se não comprar um carro antes; Adoro o meu trabalho mas na melhor das hipóteses viajo duas vezes por ano, e há muito mundo para descobrir… quando o vou fazer?
Sei que não tenho o espírito certo para estes planos, mas e se largasse tudo enquanto não tenho amarras maiores e fosse dar uma volta? Não sou muito ambiciosa, talvez uns meses já me fizessem suficientemente realizada a este nível… mas não sei honestamente se tenho coragem de dar os passos que preciso. Sou uma adepta da segurança, portanto teria que planear tudo muito bem, e negociar uma forma de poder ir e voltar e não perder o emprego!
E depois quando começo a pensar muito acho que não fui feita para estes planos aventureiros… e fico com uma sensação de incompetência. Mas, a vida devia ser mais do que trabalho-casa-trabalho-férias de vez em quando…