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Há aquelas alturas em que tudo corre bem, a vida segue mais ou menos equilibrada e quase nos queixamos da calmaria.
Depois, há aqueles tempos em que alguma coisa treme nas fundações e a calmaria já não é partilhada por todos os campos da nossa vida.
E depois, há aqueles momentos, em que tudo se junta para dar para o torto.
Até me acho cada vez mais dotada para gerir crises, mas todas ao mesmo tempo é capaz de ser um novo desafio.
Neste mês de Julho, que ainda não entrou sequer e eu já estou a desejar que acabe, acho que vai haver de tudo; Tenho um projecto relâmpago nas mãos, provavelmente dos mais importantes que tive até hoje, e onde vou ter de dar mais que o litro a contra-relógio. Para além desse tenho de dar seguimento ou acabar outros.
Vou, muito provavelmente empacotar a casa, mobílias, electrodomésticos e utensílios, e armazenar tudo, sendo que eu própria irei retornar à nave-mãe.
O carro anda a ameaçar um piripaque novo, como se nestes anos todos se tivesse comportado impecavelmente (só que não).
A estabilidade de uma relação de 8 anos anda a fazer o pino na corda bamba sem rede de segurança, e periga uma queda sem precedentes.
O stress é tanto que me sinto metade do tempo como se tivesse tido uma subida de tensão, aí para os 15/10, que até sinto as mãos a tremer.
Apetecia-me fechar-me a mim numa caixa e enviar para qualquer sítio nesta terra onde não me pudessem encontrar, onde não existisse rede de telemóvel, nem de coisa nenhuma. Uma ilha, deserta de preferência, e com poucos bichos que eu não sou muito dada a fauna (as traças lá de casa que o digam, ainda ontem aspirei uma).
Como não dar em louca? O trabalho é um bom refúgio por norma, mas desta vez há uma boa parte do stress que vem daí... a sensação é que tudo treme, as fundações de tudo, e eu não tarda desabo, com tudo.