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Não sei porquê mas as palavras de estranhos, assim vindas do nada, que acertam sem saber em momentos certos acabam por me ficar na ideia. Uma vez contei aqui uma cena que vivi e que até hoje recordo.
No sábado passado mais um estranho deixou essa marca. Vindo da pista, no meio de uma discoteca lisboeta das antigas, onde estávamos a curtir a música há umas horas e a tirar a barriga de misérias dançando loucamente, chega-se a nós, pede para tirar o casaco do cabide (estávamos à frente), e depois agradece e diz-nos "Sejam felizes!". Sim, estava claramente com os copos, alegre que se farta, e não sabemos bem porquê mas disse-nos isso. Tinha o aspecto de uma pessoa normalíssima, não tinha ar de louco nem parvo, foi simplesmente espontâneo.
Rimo-nos, achámos piada, e deixou-me uma sensação de conforto, de "coisa certa" que não sei explicar bem mas que soube bem.