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Sobre roer as unhas...

por Catarina, em 13.01.17

Eu já sabia que não valia a pena estabelecer isso como uma resolução deste ano. Estou na pior das piores fases. Quando temos consciência que devíamos ter parado há algum tempo e continuamos ali a roer, a roer a roer. Quando já dói, já tem menos sensibilidade ou está dormente. Quando o leitor de impressões digitais já nem nos reconhece o indicador para abrir a porta do escritório - true story! É um vício terrível. Eu bem tento, pintar e repintar... gasto litro de verniz porque depois qualquer coisinha me faz lá ir e arrancar o verniz daquela unha, e depois da do lado, e depois da mão toda, e depois da outra. E depois volto a pintar. Já tive fases muito boas de conseguir não roer as unhas por alguns meses e ter as ditas cujas com um bonito tamanho e arranjadinhas. Mas depois, mesmo nessas belas fases vou lá roer as peles à volta, ou tirar só aquela cuticulazinha. Como num alcoólico o primeiro gole é o pior, aqui também uma pele levantada é o primeiro passo para a desgraça; já sabemos que depois disso vem outra, e outra. Será que já criaram os roedores anónimos e eu ainda não descobri?! Já tentei verniz daquele com sabor horrível, mas à terceira tentativa já era imune. Já tentei unhas de gel, gelinho e até aquelas extensões de unhas que parece que nos forraram as cabeças dos dedos com cola celulósica. Esqueçam. Pode levar mais ou menos tempo mas o roedor experiente e persistente vai lá chegar. Sempre. 

Tenho de munir-me das minhas forças todas, mas já há umas semanas que não estou a encontrar nenhumas. Ou estão todas aplicadas noutros sítios. Talvez deva voltar a fazer crochet, ter as duas mãos ocupadas à noite enquanto leio ou vejo tv é um bom caminho e já sei que resulta. É que eu sou pessoa para conseguir trabalhar ao computador com as duas mãos, uma de cada vez entenda-se e assim alternar a mão que estou a roer.

Detesto este meu vício, e odeio não conseguir erradicar isto de vez. E quanto mais a minha mãe ou o M me dizem para parar, mais eu continuo ali a roer. Isso então é o pior que me podem fazer. 

Pior ainda, há uns meses descobri que tinha a disfunção da ATM - não dá dinheiro mas é uma disfunção da articulação temporo-mandibular, e uma das coisas que não devo MESMO fazer para não a piorar, adivinhem? Roer as unhas. Assim como comer pastilhas elásticas o que era muitas vezes um escape para não roer as unhas. Fiquei sem o escape voltei ao vício original.

Por isso se alguém quiser criar os Roedores Anónimos eu prometo que vou lá "Olá, eu sou a Cat e sou uma roedora há mais de 20 anos".

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