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Não sabia bem o que a impressionava nele, o que a atraía;
Não saberia dizer se era o sorriso fácil, aberto, as piadas inteligentes e com graça, a simpatia e o trato fácil. Se era a figura esguia de tão alto, o cabelo meio grisalho mas ainda jovem, tão jovem.
Era mais novo do que ela, certamente, e por isso não sabia, o que a impressionava nele. Até hoje só a atraiam homens mais velhos, mais maduros, com outras conversas, postura mais séria; mas havia nele uma frescura de novidade e juventude que sabiam bem, era uma brisa fresca no deserto.
Ando a dizer-te adeus.
Acho eu.
Por cada noite que adormeço a chorar sinto que mais um bocadinho de ti me deixou.
À minha volta ninguém acredita quando digo que desta vez acho muito difícil darmos a volta por cima. Mas o que sinto mesmo é que os problemas se sobrepuseram a nós.
Ontem falámos durante 1 minuto e longos 33 segundos. Não falávamos há uma semana.
Fui só eu que tive a sensação que já não éramos nós?
...
Sou uma pessoa muito emocional, sensível, e como costumo dizer não é difícil chorar por tudo e por nada. Principalmente, por tudo.
Por vezes acho mais fácil escrever, em vez de falar nos olhos dos outros; Os olhos dos outros têm efeitos secundários nas minhas mensagens, posso começar a conversa com um objectivo, perder a coragem, e acabar noutro ponto, muito distante do que tinha em mente.
Falo de muita coisa de forma abstracta; Principalmente das coisas mais importantes. Acho que se não disser realmente os nomes, as coisas não existem, não se materializam na minha frente, o problema não pede resolução.
Fujo de chamar "os bois pelos nomes" porque não sei como resolver; Por vezes nem sei bem qual é o problema e isso deixa tudo muito pior.
Falar não consigo falar; A voz embarga-se, os olhos enchem-se de lágrimas silenciosas, e tudo o que quero é um abraço e a possibilidade de esconder a cara.
Fechar os olhos, dormir, fingir que não aconteceu. Se não pensar não existe, e se não existe não tenho de resolver.
Tudo o que não sei me consome, mais do que aquilo que sei. Não sei o caminho, não sei o destino;
Vou andando para a frente com a sensação que não é na realidade a "frente" e sim um ziguezague em fuga da decisão que acho que tenho de tomar. Mas que no fundo não sei se tenho de tomar, não sei se quero, não sei se devo, não sei se posso, não sei como.
Ontem adormeci a pensar em pôr por escrito os meus pensamentos, aquilo que acho que quero ou que devo dizer. Adormeci a escrever uma carta que não escrevi.