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Ontem fiz uma coisa que não fazia há imenso tempo, e que até há uns anos atrás fazia bastante: passear em livrarias!
Estava a fazer tempo para ir ter com a minha mãe e depois de dar as voltas que tinha planeadas, lembrei-me de ir até à Bertrand, a única livraria que existia no centro onde estava. Dei uma volta geral, tinha tempo, explorei. Fotografei um livro que me interessou para pesquisar mais sobre ele, e depois fui procurar uma secção de trabalhos manuais para encontrar algum sobre crochet. Aqui começou o pânico, encontrei mais ou menos a zona, porque já conhecia a livraria, mas as prateleiras não estavam etiquetadas, não havia divisões claras, e era uma salganhada de coisas, entre elas um único livro de crochet. Enquanto me debatia internamente para não comparar esta experiência de busca com a do mundo digital, ouvia uma criança gritar na outra ponta da livraria. Não me atrevi a olhar, mas aposto que a mãe o estava a espancar fortemente pelos decibéis dos gritos.. Depois não consegui mais conter o meu cérebro e pensei "é por isso que desde o ano passado só compras livros online!".
Se calhar tive azar, com o timing, com a secção que procurava, com o facto de ser uma livraria relativamente pequena...
Lembrei-me do tempo em que os meus passeios nas tardes em que não tinha aulas consistiam em descer a rua Garret entrando em todas as lojas, e passando pelo menos meia hora a explorar as novidades da secção de arte da Bertrand, ou as revistas internacionais, ou aquelas edições de coisas que aparentemente não me interessavam para nada, mas que eram bonitas e me atraiam por algum motivo. A velha do Restelo que há em mim diz "bons tempos esses"!